15 jan 2002 - 17h27

Ombudsman analisa o caso Nem

O Atlético precisa de Nem?

Entressafra é assim mesmo. Boatos, dispensas, promessas e contratações
alimentam a imaginação do fanático torcedor atleticano, que já sonha com
a estrela da Libertadores. Entre todos esses acontecimentos as atitudes
do zagueiro Nem foram destaque… Negativo.

Nem ficou conhecido no Brasil por falar demais. Alegando ser o melhor
líbero do futebol brasileiro e leiloando publicamente o seu passe,
extrapolou os limites da arrogância e causou furor na imprensa esportiva
paranaense. Em duas semanas o zagueiro já teria sido contratado por
vários clubes, entre eles São Paulo, Coritiba e Paraná. Mas o que não
esperava é que uma declaração sua gerasse um profundo ódio na maioria da
torcida atleticana, que outrora o amou.

Quando mencionou o possível (improvável) interesse do Coritiba pelo
seu passe, cometeu o terrível erro de formular a seguinte frase: “serei
coxa desde criancinha”. É claro que um jogador profissional não tem
preferência por clube algum e sim pelo dinheiro que entrará na sua conta,
mas se realmente desejasse permanecer no Furacão deveria ter medido com
mais cautela as suas palavras. Além de causar uma agitação desnecessária,
Nem tentou manter-se no centro das atenções, pois visivelmente não
desejava sair da vitrine, onde entrou mais por sua personalidade forte do
que pela qualidade do seu futebol.

A situação da permanência do zagueiro tornou-se piada e já causou
mancadas na imprensa de todo Brasil, inclusive no site Furacao.com, que
preza pela veracidade e agilidade nas informações. Não gosto e não
pretendo mais comentar sobre este período, onde as especulações derrubam
qualquer cronista e as fábulas de contratações e dispensas são usadas
para vender jornal. Nem precisa mais do Atlético do que o Atlético
precisa de Nem.

Luiz Eduardo Xavier
ombudsman@furacao.com



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