Ninguém é perfeito. Exatamente por isso é que se desaconselha
fortemente que uma empresa, clube ou até um país fique submetido ao
controle absoluto de uma só pessoa. Quando isto acontece, as
qualidades pessoais constroem algumas coisas que logo em seguida são
destruídas pelos defeitos.

Alguns querem dividir a História do Atlético em antes e depois de
Petraglia. Eu não reconheço esta divisão porque tenho a paixão pelo
Rubro-Negro incorporada no meu material genético. O Atlético para mim
sempre foi único, porém não pretendo discutir isto, ao contrário,
também proponho uma outra divisão na caminhada do Atlético: Uma das
fases, a mais gloriosa do Clube e foi comandada por Petraglia, Adur,
Fornéa e Valmor Zimmermann, Marcos Coelho, a outra, recheada de
fracassos e falsos triunfos é esta que começou depois que Petraglia se isolou com seus amigos no comando absoluto do Atlético.

Será possível que a vaidade e a obstinação por recordes nos levará ao
marco negativo do pior time do Atlético de todos os tempos? Passará
Petraglia para a história como o melhor e o pior presidente do
Atlético.

A julgar pelo que vi nestes últimos jogos do Atlético, nós Atleticanos e Atleticanas devemos estar preparados para enfrentar o pior. Seguramente entraremos no Brasileirão como favoritos ao rebaixamento. Os erros estão se acumulando e pior ainda, estão se repetindo.

Na minha opinião aquilo que alguns gostam de chamar de “Era
Petraglia”, desgastou-se naturalmente e chegou ao fim.
Muito obrigado, Sr. Petraglia, por tudo o que o senhor fez e tentou
fazer pelo nosso querido Atlético. Seja lembrado só como o maior
dirigente não só do Atlético mas do futebol do Paraná. Tenho certeza
que toda a torcida, onde me incluo, reconhece e sempre reconhecerá
este seu mérito.