28 abr 2003 - 15h01

Opinião: “Sofrido, como de costume”

Que beleza de vitória! Que torcida apaixonada! Que raça exuberante surgiu sabe- se lá de onde no segundo tempo! Mas em compensação, que tristeza de sofrimento! Daquelas que o atleticano conhece como ninguém.

Não dava nada certo. Quanto mais o time tentava, mais a torcida cobrava, maior era a responsabilidade e a pressão fez o Atlético perder-se em campo. Chegou a estar mais perdido que o péssimo árbitro Cleber Abade. Alessandro errando muito, Ivan inseguro e muito ruim. É preciso reforçar as laterais. Rogério Corrêa, uma ferida. Juliano, a imagem da vibração no momento do gol, traduzindo o que está no sangue dos atleticanos.

A torcida rubro-negra começou a enxergar uma atuação digna de segunda divisão, pior que isso, esbravejou com seu clube, tirando de dentro do peito o grito desesperado de “Atlético, vergonha do Brasil”. Estava sendo muito duro e difícil achar uma explicação para o que estava acontecendo, e a cabeça dos atleticanos, que já não anda muito boa, virou um agonizante livro de perguntas sem respostas.

Depois da tempestade…veio a bonança. O Atlético ressurgiu, a raça, a determinação, a vontade e o poder de superação vieram colorir a nossa tarde de domingo e devolver a esperança ao povo rubro-negro. A mão de Vadão ajudou o atleticano a voltar a sonhar, e o grito sofrido da torcida transformou-se em grito de alívio, com as mãos erguidas ao céu, agradecendo o que há pouco tempo atrás parecia irreversível.

Parabéns a você, atleticano, que foi à Arena e soltou o seu grito de incentivo ao rubro-negro da Baixada. Muita coisa precisa mudar, mas a emoção que sentimos ontem nos leva a crer que o nosso grande e querido Furacão voltou.

Dá-lhe Atlético!

Rogério Andrade
colunas@furacao.com



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