16 maio 2003 - 0h01

Um time pra lá de ofensivo

“O time do Atlético já está definido com Selmir no gol, Ricardinho na lateral direita, Lê e Jadilson na zaga e Fernando na lateral esquerda. No meio, o técnico Vadão coloca em campo o futebol de Lobatón, Washington, Paulo Santos e Fabinho. Os atacantes são Ilan e Dagoberto. Repito e confirmo: Selmir; Ricardinho, Lê, Jadilson e Fernando; Lobatón, Washington, Paulo Santos e Fabinho; Ilan e Dagoberto”. O modo de transmitir a informação é típica dos radialistas. Esse formato é repetido à exaustão antes dos jogos. A única diferença é que o time acima é escalado só por atacantes.

A posição é a mais ‘inchada’ no clube. Onze jogadores brigam por duas posições no time titular (isso sem contar com o húngaro Tüske, já liberado pela diretoria). Quem leva vantagem, por enquanto, são Ilan e Dagoberto. Os dois já fizeram 19 gols em 2003 e são os preferidos de Vadão.

As revelações também buscam o espaço. Paulo Santos e Fernando já tiveram oportunidade e mostraram um bom serviço. Aos 40′ do segundo tempo na partida contra o Criciúma, Fernando entrou em campo, driblou três jogadores catarinenses e fez o “Gol do Internauta” da semana. Em todas as partidas fica no banco de reservas e é uma das primeiras opções do treinador.

Peruano Lobatón

Contratado no ano 2000 para ser o jogador de frente do Atlético, o peruano Abel Lobatón viveu altos e baixos no clube. Chegou até a ser capa de um dos principais jornais do Peru porque estava jogando no futebol brasileiro. A fama ficou maior depois que fez um gol na partida contra o São Paulo, válida pela Copa João Havelange. Naquele ano marcou seis vezes e depois caiu de produção: foi emprestado para o Universitario, machucou os dois joelhos e voltou no fim de 2002, quando foi operado, fez fisioterapia e recuperou a forma física. Agora, Lobatón só aguarda a convocação de Oswaldo Alvarez para atuar.

Washington

O atacante Washington fez sucesso no Caxias, no Paraná Clube e na Ponte Preta. Em Campinas, ainda é lembrado com muito carinho pela torcida. Chegou a atuar, também, na Seleção Brasileira, tendo sido convocado por Leão e por Felipão. Em novembro de 2002 passou pelo pior momento da carreira, quando atuava no Fenerbahçe: teve que sofrer uma cirurgia cardíaca. Recuperado. Na Turquia, teve problemas com os salários atrasados e acabou voltando ao Brasil.

Washington ainda não assinou contrato com o Atlético. O departamento médico do clube submeteu o jogador a vários exames para confirmar se está mesmo recuperado do problema do coração. A previsão é de que em três semana, o atacante assine contrato e já possa estrear no time. Por enquanto, faz um tratamento regenerativo no CT do Caju.

Ilan e Dagoberto

Os dois podem não ser os “queridinhos” da torcida, mas estão batalhando, e muito, pelo Atlético. Ilan é o exemplo maior. Xingado e vaiado em vários momentos, nunca baixou a cabeça para os críticos. No clube desde 2001 depois de passagens pelo Paraná Clube e São Paulo, Ilan é hoje o artilheiro do time com 14 gols no ano (6 no Brasileiro, 4 no Estadual, 2 na Copa do Brasil e 2 em amistosos). “Hoje ele é o Kléber do Atlético. Muitos não gostam, mas é só ir embora que vai fazer falta”, comenta o jornalista Marcelo Lopes, da Rede Globo.

Dagoberto também não passou por bons momentos neste começo de 2003. Fez uma excelente campanha na Seleção Brasileira Sub-20, mas não voltou com o mesmo ânimo. As críticas aumentaram e já faz quatro rodadas que o atacante vem mostrando muita disposição. Prova disso foram as partidas contra o Criciúma e Cruzeiro. Duas belas apresentações que aliviaram a barra com a torcida.

Emprestar sim, dispensar não

O excesso de jogadores no ataque vem causando uma dor de cabeça das boas para o técnico Vadão. Opção é que não falta para o treinador colocar em campo. Só que, apesar da variedade, a folha de pagamento do clube fica pesada: “Nós vamos devagar, com calma, com tranqüilidade a gente vai separar. Nós procuramos fazer, como fizemos na semana passada, treinamentos do time titular com a equipe B, o restante com um outro grupo e estamos dando uma boa condição de trabalho para todo mundo”, destaca.

Apesar de o clube não falar em lista de dispensa, alguns deverão ser emprestados. Desde já, Paulo Santos, Jadilson e Fabinho são os principais candidatos a passarem por um período de experiência em outro clube, já que não estão sendo relacionados para os jogos. “Se a gente sentir necessidade de aliviar um pouco isso será feito, mas ninguém será afastado”, decreta o técnico Vadão.



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