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7 jul 2003 - 11h00

Carta aberta à torcida coxa-branca

Contra fatos não há argumentos. Mesmo em um assunto que move paixões e que, por isso mesmo, não prima pela racionalidade. E o futebol é assim. Sempre que algum estrangeiro tenta discutir o esporte bretão com um brasileiro, uma hora ou outra tem que se calar diante de um fato: as cinco estrelas em nossa camisa. Contra isso não há discussão. Pois bem, baseado nos fatos, façamos uma análise fria e desprovida de paixão da dupla Atletiba.

Durante muito tempo os rubro-negros foram obrigados a engolir certas verdades que favoreciam o Coxa. Ao longo dos últimos anos estas verdades foram sendo derrubadas, uma a uma e a suposta superioridade virou pó. E o futuro se mostra cada vez mais negro para o lado do Alto da Glória.

Pobre daqueles que resolveram torcer pelo Coritiba em fase tão difícil. O time, assim como sua torcida, tende a acabar no limbo, como uma mera lembrança para os aposentados que jogam damas na praça.

Se durante anos houve gente que se atreveu a dizer que o alviverde tinha a maior torcida, hoje já se sabe através de pesquisas sérias realizadas por grandes institutos que a verdade é outra. A torcida do Atlético não só é maior como também é a que mais cresce, enquanto as de seus rivais diminuem.

Se antes os atleticanos eram obrigados a ouvir calados que não tinham um grande estádio, hoje a Arena é reconhecida por todos (jornalistas, jogadores e até a própria torcida adversária que conta com mais conforto lá do que na sua casa) como o melhor e mais moderno estádio do país. Tanto que provocou uma série de tentativas (algumas beirando o ridículo como a compra e a posterior devolução de elevadores) de copiá-lo.

Se todo coxa-branca encerrou as discussões sobre futebol durante 16 anos com o fato de ter ganhado um título brasileiro (mesmo que como o único campeão da história do futebol mundial com saldo de gols negativo) agora a coisa mudou. O Furacão venceu e convenceu em 2001, com direito a Bola de Ouro, diversas de Prata e duas vitórias na final.

Conforme os trunfos do Coritiba foram acabando, seus torcedores foram se apegando a fatos cada vez menores. O que restou agora?

Podem falar que a Arena ainda não está pronta. De fato não está mesmo, porém será concluída brevemente, eliminando mais um argumento.

Podem falar que têm mais títulos paranaenses. De fato têm, porém analisando os campeonatos de 1982 a 2003 o que vemos são 9 títulos para o Atlético contra 3 do Coritiba. Ou seja, pode demorar um pouco mais, já que esta é a única competição em que o Coxa ainda tem alguma chance, mas esta superioridade também acabará.

Enquanto um enfrenta a decadência, o outro manda 6 jogadores ao mesmo tempo para defender a camisa amarelinha (3 na Seleção Principal e 6 na Sub-20), fato que além de trazer orgulho para a torcida e despertar a inveja e a ira dos arqui-rivais ainda garante uma grande valorização dos jogadores o que em última instância significa mais dinheiro para o clube e a garantia de um futuro promissor. Dinheiro que aliás faz muita falta do outro lado, a ponto de ter telefones cortados por falta de pagamento em suas instalações.

Enfim, o que resta ao Coritiba e sua (cada vez menor) torcida? Ironicamente, o mascote do time parece ser um retrato fiel de seu futuro. Um senhor de idade, indigente, senil, de barbas brancas e bengala, que solitário se contenta em lembrar os “bons tempos” mesmo que estes estejam cada vez mais distantes e que certamente não voltarão mais.

PS: Podem espernear, xingar e falar o que quiserem. Tudo que está escrito acima é verdade. Não se trata de um texto de opinião e sim de uma análise baseada em fatos e números. Nega-los significa enganar a si mesmo. Antes de perder tempo com agressões vazias, releiam a primeira frase.



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