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25 jul 2003 - 8h57

Paciência tem limite

Penso que, para todo ser humano, paciência tem limite. E a minha já esgotou com essa atual situação do time do Atlético. Contra o Guarani não poderia ser diferente. Mas isso na verdade já vem desde o campeonato brasileiro do ano passado. O que está acontecendo?

Se preferirmos colocar a culpa na diretoria, podemos dizer que eles não fizeram investimentos necessários e os que fizeram, foram completamente infelizes, sem falar nas negociações. A começar pela contratação, no começo do ano, do Heriberto da Cunha. Sabe-se lá o que foi pretendido com isto. Só ficou provado que o barato sai caro. E depois passando também pelo empréstimo do William. Tal jogador foi bem no começo do ano, entrava e resolvia, era muito esforçado e nas poucas partidas que entrou ele chamava a responsabilidade para si. Não é a toa que é destaque no Figueirense.

Por outro lado, se preferirmos colocar a culpa na comissão técnica, o Vadão também tem sua parcela de contribuição nesta pífia campanha. Claro que ele tem um elenco limitadíssimo e não pode fazer milagres. Mas se continuar insistindo em tirar os poucos jogadores que tem se esforçado no elenco, tal como Jádson e Ivan, para colocar gente como Fabrício (que eu espero que tenha feito sua última partida com a camisa do Atlético) e Rodrigo, aí a maionese vai desandar de vez. Na verdade, acho que o Vadão só não caiu ainda pois tem crédito com a diretoria e a torcida, pela sua brilhante primeira passagem pelo clube. E também porque, como já dito, não pode fazer milagres. Acredito que um outro técnico, ao contrário do que pensa a maioria dos torcedores na enquete do site, não iria adiantar muito.

Já se preferirmos colocar a culpa nos jogadores, bom, isso dá pano pra manga. Vamos começar pelo setor defensivo. Prefiro até isentar o Diego que já foi alvo de críticas minhas, porque ultimamente o mesmo tem salvo o time de vexames ainda maiores. Já nossos laterais, falando do Alessandro, o último e raro momento deste jogador que eu vi foi um passe dele para o Ilan no jogo contra o Corinthians. Daí para a frente, é só decepção. Não marca, não apóia, e quando sobe para apoiar não volta para marcar. Engraçado, não? Isso pelo menos o Ivan faz. É um jogador esforçado, mas é muita correria pra pouco resultado. Quanto à zaga, esta é uma piada.

O Capone está “expert” em dar passes para os atacantes rivais, está se tornando o 12º jogador dos adversários. Sem maiores comentários. O Rogério Corrêa contra o Bugre até que não comprometeu, mas também está longe daquele jogador que vimos em 2001. No meio-campo, o lentíssimo Leomar não é mais aquele jogador que passou por aqui em 95, alguém precisa avisar a diretoria disso. O problema é que seu substituto imediato Douglas Silva, também é inconstante, e se ele não conseguir pegar o jogador “na porrada” e perder a jogada, a coisa complica. Por quê será que não lembram do Alan Bahia ? Tira o cara dos juniores e põe ele no profissional, pois ele já mostrou que a camisa não pesa nele. O Luciano Santos apareceu bem no começo, mas seu futebol é como o time: inconstante.

O Rodrigo é um que precisa de um psicólogo urgente. Treme quando o time mais precisa dele. Nas adversidades, fica nervoso, erra passes fáceis e joga em desfavor da equipe. Acho que está merecendo a geladeira, e já não é de hoje. Do Fabrício não gasto mais palavras falando. No ataque, o Ilan só joga bem quando tem um surto e o jogo passa em rede nacional. Voltou a ser o Ilan de sempre. Nas últimas partidas, nem bem pega na bola e já é desarmado. E seu companheiro, Ricardinho, o “rei do drible” ainda não mostrou a que veio. Só vou poupar mesmo o Adriano (sempre guerreiro e lutador), o Jádson (promessa que não vem decepcionando), o Dagoberto (este desequilibra) e acredito muito no Fernandinho (tem futebol para ser titular) e no Lê (pena que está machucado). E vamos ver se o Alex Mineiro será o homem-gol que tanto precisamos.

Como visto, acho que cada setor do clube tem sua parcela de culpa. Só quem não tem culpa é a torcida, que paga ingressos, vibra e sofre, tem o direito de cobrar pois este não é o Atlético que conhecemos. Nossa paciência tem limite. De qualquer maneira, temos sempre que acreditar que esta fase é passageira. Como já diz o nosso grito de guerra: “MESMO GANHANDO, MESMO PERDENDO, SOU RUBRO-NEGRO DE CORAÇÃO!”



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