4 ago 2003 - 0h44

O fim da “Era Vadão”

Exatos 170 dias. Foi esse o período que durou a “Era Vadão” no Atlético neste ano de 2003. O treinador foi demitido após a derrota para o Vasco – a 11ª do time no Campeonato Brasileiro. Sob o comando de Oswaldo Alvarez, o Atlético jogou 29 partidas, com nove vitórias, sete empates e treze derrotas.

Vadão foi contratado no dia 14 de fevereiro para substituir Heriberto da Cunha, com uma missão bastante difícil. O time ia mal no Campeonato Paranaense e estava perto de estrear na Copa do Brasil. Em seu currículo, uma boa passagem no próprio Atlético na temporada 99/2000, quando conquistou o Torneio Seletivo (99), brilhou na Libertadores e foi campeão paranaense em 2000, em cima do grande rival Coritiba.

A reestréia do treinador foi no dia 19 de fevereiro, com um bom empate fora de casa por 2 a 2, contra a Tuna Luso, na estréia do time na Copa do Brasil. De lá para cá, o Atlético foi eliminado nas quartas-de-final do Paranaense (num empate por 0 a 0 contra o Londrina), dando adeus à conquista do inédito tetracampeonato estadual; foi eliminado na segunda fase da Copa do Brasil, com duas derrotas para o Sport (3 a 2 na Baixada e 1 a 0 na Ilha do Retiro); e fez uma campanha que o próprio presidente Petraglia classificou como “medíocre” no Campeonato Brasileiro – ocupa da 18ª colocação, com 26 pontos, em sete vitórias, cinco empates e onze derrotas, com aproveitamento de apenas 37,68% dos pontos disputados.

O que mais pesou para esses insucessos foram os jogos fora de casa. Sob o comando de Vadão, o Atlético não conseguiu vencer longe da Baixada – em quinze partidas fora da Arena, foram cinco empates e dez derrotas. A última vitória do Furacão fora da Arena da Baixada ocorreu justamente no último jogo da equipe antes de Vadão assumir o comando do time (1 a 0 contra a Portuguesa Londrinense, em 15.02). No Campeonato Brasileiro, o Rubro-Negro tem a pior campanha sem mando de campo, com apenas três empates e nove derrotas, num aproveitamento de 8,33%.

Para piorar a situação, nas últimas rodadas nem o “fator Baixada” conseguiu fazer a diferença para o Atlético. Bastou uma série de dois jogos sem vencer na Arena (empate com o Paysandu e derrota para o Santos), e o clube despencou do segundo melhor desempenho com mando de campo no campeonato (com 81,48% de aproveitamento, um pouco atrás do líder Cruzeiro, com 81,82%), para a oitava colocação, com 69,70% de aproveitamento, atrás de Cruzeiro, Paraná, Internacional, São Caetano, Santos, Criciúma e Atlético Mineiro.

Colaboração: Patrícia Bahr



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