Vencer ou perder. Sucesso ou Fracasso. Esses são os únicos resultados possíveis no esporte. O empate é um mero acaso, efêmero, pois não existem empates na tabela de classificação.

Um campeonato. Vinte e quatro times com o mesmo objetivo: estar no topo da tabela. Vencerá aquele que lá chegar e perderão aqueles que abaixo deste estiverem. Por obviedade, deduz-se que somente um é capaz de vencer. Aos outros cabe somente o fracasso.

Todos sabem, existem sempre vencedores e perdedores. Perder faz parte do futebol. Utópico seria um time que nunca perde. Bom a primeira vista, sem graça no final. A derrota é o tempero da vitória. É somente após dela, que se sabe apreciar o sucesso.

Fomos campeões Brasileiros após muitos fracassos. Este momento teve uma emoção, um sabor muito maior e melhor para aqueles que acompanharam o atlético durante tantos anos ruins, do que para aqueles que começaram a torcer somente após metade do Campeonato.

Pergunto-lhe caro leitor, esta fase do atlético é mesmo tão inaceitável? Pelo contrário, é somente com ela que conseguiremos alcançar novos sucessos. Aqueles que tentaram jamais perder, foram os que mais perderam. Pegue como exemplo o Flamengo. Foi o time do Brasil com a maior torcida, vários títulos. Tentou o possível e o impossível para não sair desta posição. Percebe agora o erro que fez. Dívidas, derrotas, imagem denegrida e mais uma série de problemas. Tudo por que não conseguiram entender a derrota.

O atlético passa por uma fase natural. Equivoca-se aquele que pensa que a derrota é inadmissível. Como venho dizendo a quatro parágrafos atrás, ela é natural. O que não é natural no atlético é a falta de vontade de ganhar. Aceitar a derrota, sempre, acostumar-se com ela, jamais.

Mas para isso não há remédio. A falta de perspectiva de um sucesso atingível já não existe mais. Ou seja, a força motriz da perseverança deixou de atuar. Somente um novo desafio será capaz de reanima-la.

Para isso, a minha parte eu faço: torço. Façam vocês suas partes.