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Representantes de dois sites não-oficiais do Atlético, a Furacao.com e o RubroNegro.net assinam um texto em conjunto sobre a transformação da torcida atleticana nos últimos anos. Devemos voltar a mostrar nossa força para o Brasil, a força de nossa fanática e apaixonada torcida.

Opinião: Que saudade daquela torcida

Quarta-feira, matei a vontade de ver uma torcida cantando o jogo todo. E olhe que o time era bem ruizinho! Mas a paixão do torcedor suplanta tudo isso. Uma torcida que vibra, que com menos de 400 integrantes, cantou mais alto que os outros 15 mil presentes.

Uma “hinchada” que canta ainda mais após levar o gol. Ouvi pessoas cantando a plenos pulmões mesmo após uma exaustiva viagem de cerca de 40 horas!

Atentei também ao respeito recíproco entre jogadores e seus aficionados. Após o jogo, mesmo com a derrota nas costas, os atletas, unidos no meio campo, saudaram sua torcida, agradecendo o apoio e parecendo pedir desculpas por não conseguirem o resultado.

Confesso, senti saudades. Saudades do tempo em que éramos conhecidos com a mais fanática e barulhenta torcida do Brasil. Do tempo que o estádio inteiro cantava junto e empurrava o time para cima do adversário. Do tempo em que fazíamos mais barulho do que o rival quando sofríamos um gol, levantando a moral do time. Do tempo que mesmo ganhando, mesmo perdendo, todos eram rubro-negros de coração, pois a paixão pelo Atlético estava acima de tudo.

Hoje, William fica inibido em tentar uma jogada, pois o estádio quase inteiro começa a vaia-lo. A mesma torcida que já queimou Rogério Souza e Alessandro.

A torcida que o maior barulho que faz é gritar “Fora Espinosa”, “Fora Mário Sérgio” ou “Fora Vadão”. Espero ver uma torcida que incentive seus jogadores o tempo todo mais vezes esse ano. Uma torcida que cobre, mas no final da partida.

Espero ver a verdadeira torcida do Atlético outras vezes esse ano.

Juarez Villela Filho
Colunista da Furacao.com

Marcel Ferreira da Costa
Colunista da RubroNegro.net