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19 mar 2004 - 21h06

Presente de grego

Oito décadas após sua fundação, hoje definitivamente como a maior entidade esportiva do Estado do Paraná, o Clube Atlético Paranaense não recebeu um presente de aniversário compatível com sua grandeza, história e tradição.

Durante estes 80 anos, o que se iniciou com uma fusão de dois times nos idos da década de 20, se transformou no clube com o qual o povo paranaense possui maior identificação; e mais que isso, tornou-se um dos maiores e mais bem estrturados times do país que tem o melhor futebol do mundo.

Essa história foi construída através de lutas, sempre travadas com a paixão que notabilizou o atleticano como o torcedor mais fanático do estado. O torcedor do Atlético sempre manteve sua fidelidade inabalável, não se abatendo com rebaixamentos, com o fato de ter que ir acompanhar o time no gelado Pinheirão, e nem mesmo com as incontáveis tentativas externas de ferir a instituição que é o clube, fossem elas originadas aqui mesmo ou fossem elas vindas de corredores obscuros na baía de guanabara.

O torcedor do Atlético sempre manteve sua paixão intacta, desde aqueles que com os mais parcos recursos sempre se sacrificaram para acompanhar o time; até aqueles que por sua posição política ou econômica privilegiada defenderam o clube mesmo que no exercício de suas funções. A relação entre clube e torcida é ímpar, e a Baixada sempre teve um papel decisivo na história de ambos.

São bastante óbvios os reflexos que a majoração absurda dos preços de ingresso pretendida pela atual diretoria irão gerar na instituição, na agremiação que é o rubro-negro. A história nos mostra que a torcida sempre foi um fator fundamental no sucesso do clube, e a somatória torcida e caldeirão já fez times fracos parecerem gigantes, e já fez gigantes adversários se encolherem.

Na atual realidade economica do país, cobrar quase 15% do salário mínimo por um jogo de futebol, sendo que normalmente se têm cerca de três espetáculos desta natureza por mês, só é capaz de afastar mais ainda o torcedor do estádio, e torna extremamente difícil atrair novos entusiastas. Trata-se de uma elitização escancarada e sem precedentes, e não há cadeiras, lanchonetes, títulos ou cobertura israelense que façam parecer razoável a cobrança pretendida.

Não creio que o atleticano irá se silenciar neste momento. Como em tantas outras ocasiões, é hora mais uma vez da torcida mostrar sua vontade, fazer valer a sua voz. A promessa feita há alguns anos era a de que o povo atleticano teria sua casa completa, “fechada”. Pena que não nos informaram à que custo isto seria possível (ou não…). Acredito que como presente pelos 80 anos, o clube merecia um presente melhor. Na verdade, este é um típico presente de grego.



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