8 jul 2004 - 12h33

Análise do jogo Paraná x Atlético

O colunista Bruno Rolim faz a análise do jogo Paraná 1 x 0 Atlético. A derrota do Furacão deixou o clube rubro-negro em 6º lugar na classificação. Confira:

Análise de Paraná 1 x 0 Atlético
por Bruno Rolim

Não se deve contar com a vitória de véspera. Essa é a lição que deveria ter sido aprendida pelos jogadores do Atlético após as derrotas para Figueirense, Flamengo e Vitória. Mas não foi o que se viu ontem, na ridícula atuação da equipe contra o Paraná.

Os jogadores do Atlético entraram em campo achando que poderiam vencer a qualquer momento – o time vinha de duas belas vitórias, enquanto o adversário não conhecia a vitória havia mais de dois meses. Mas, ontem, o que faltou nos jogadores do Atlético, sobrou nos tricolores: vontade, raça, disposição. As divididas, as sobras de bola, sempre ficavam com um jogador de vermelho e azul.

Não há o que se falar sobre os jogadores do Atlético – o único destaque em campo foi o goleiro Diego, que mesmo assim falhou no lance capital do jogo. Mas, até pelo que fez em campo, evitando mais gols, não deve ser crucificado por hoje. Nenhum jogador foi digno de elogios hoje – um dia para se esquecer. Aliás, um destaque negativo: Ígor, definitivamente, não tem vaga de titular no Atlético. Ironicamente, o gol saiu após sua substituição.

O que merece bastante consideração é o estado do gramado – péssimo, o que fez ambas as equipes tentarem muito os lances aéreos – grande tormento do Atlético há um bom tempo -, sem sucesso. Ao menos até o gol de Fernando Lombardi. Além do gramado, o próprio estádio é uma piada: gostaria de saber onde se encontram os fiscais do Procon, para conferir se o Estatuto do Torcedor estava sendo cumprido.

Não havia orientadores. Não há lugares numerados. Os ingressos não têm a marcação de lugar. Alguns torcedores tiveram seus ingressos retidos. Estes pequenos detalhes são apenas para destacar o que o, segundo a FPF, “único estádio do Brasil a cumprir integralmente o Estatuto do Torcedor”, é na realidade: um grande engodo, que o Atlético foi obrigado a engolir durante um longo tempo, e agora o Paraná Clube suporta passivamente.

Não citei ainda os detalhes extra-estatuto: como as plantas nascendo em meio as cadeiras do setor M – provavelmente o estado das plantas que vivem em meio às arquibancadas é melhor do que as do gramado -, o banheiro feminino demarcado com um “F” riscado a tijolo na parede de cimento, as condições dos bares, as cadeiras do setor P, inadequadas para pessoas com mais de 1,20 m de altura. Enfim, o Pinheirão serve para qualquer coisa, menos para jogos de futebol. O negócio é alugar o espaço para casamentos coletivos ou comícios de políticos.

Enfim, a análise que seria do jogo acabou sendo uma análise de tudo – até porque do jogo, não há muito o que se lembrar. Agora é se preocupar com o próximo jogo, contra o líder Palmeiras. Espero uma presença grande de público, agora o jogo interessa. Chega de colocar 6, 7 mil pessoas no estádio, torcida atleticana: vamos mostrar a todos quem é a maior torcida do Paraná!

Bruno Rolim é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.

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