22 ago 2004 - 17h56

Furacão quase lá

Nada como um gol para salvar um time que não consegue jogar bem. Esse foi o resumo do primeiro tempo da partida deste domingo. Com cinco desfalques, o Atlético não conseguiu empolgar como em jogos passados na Arena da Baixada. A equipe até começou bem e criou algumas chances, mas em determinado momento chegou a receber vaias da torcida.

As melhores jogadas saíram dos pés do meia Jadson, de volta ao time depois de cumprir suspensão automática. Foram deles os passes para Dagoberto aos 4 e aos 6 minutos que deixaram o jogador em boa situação, mas as jogadas não foram adiante. Aos 8, os dois habilidosos jogadores se uniram a Pingo para criar a primeira boa chance do Atlético. A conclusão acabou ficando com Pingo, que obrigou Paulo Musse a fazer uma boa defesa.

Depois disso, o Atlético caiu de produção. Sem criatividade no meio-campo, deixou o Paysandu à vontade. O time adversário, que entrou em campo com o objetivo primordial de marcar o ataque atleticano, acabou se empolgando e até criou algumas oportunidades. Aos 10, Carabina deu um chapéu em Ivan, mas cruzou mal. Seis minutos depois, Leonardo, Alonso e Vinícius não foram incomodados pela defesa atleticana e chegaram tabelando até à pequena área, antes de Rogério Corrêa conseguir cortar.

O Paysandu começou a tocar a bola por todo o campo, irritando a torcida atleticana, que respondeu com vaias. Depois, os gritos pediram raça aos jogadores atleticanos. Não adiantou muito. O Papão ainda fez duas boas jogadas pelo lado direito, aproveitando as falhas de marcação de Ivan.

Aos 29 minutos, Dagoberto puxou contra-ataque pelo meio e lançou Jadson na direita. Ele tabelou com Ivan e ajeitou para Washington na entrada da área. O artilheiro atleticano driblou o zagueiro Flávio Tanajura e bateu forte, da entrada da área. O goleiro Paulo Musse fez excelente defesa.

Passaram-se mais dez minutos sem que nenhuma chance fosse criada e a torcida vaiou o time pela primeira vez. Desta vez, funcionou. Dois minutos depois, Alan Bahia deu bom lançamento para Jadson. De costas para o gol, ele ajeitou de cabeça para Pingo. O volante driblou um zagueiro, invadiu a área pela direita e bateu rasteiro. Ele ainda contou com a falha de Paulo Musse para conseguir marcar o primeiro gol atleticano.

Mais um gol do artilheiro

Se o primeiro tempo foi ruim tecnicamente, o segundo foi ainda pior. O Paysandu teve mais domínio de bola e o Atlético tentou jogar aproveitando os contra-ataques, mas com um aproveitamento baixo. O time de Belém voltou ao segundo tempo mais ofensivo, com o atacante Balão no lugar do lateral-direita Carabina.

Nos primeiros minutos, o Papão quase empatou em cobranças de escanteio. Primeiro com Jobson cabeceando rente à trave e depois com Flávio Tanajura, batendo cruzado. No último lance, Raulen salvou o Atlético tirando a bola em cima da linha.

Mas bastou um contra-ataque bem armado para o Furacão chegar ao segundo gol. Aos 11 minutos, Ivan pegou a bola no campo defensivo, tocou para Dagoberto e se mandou pela ponta-esquerda. O atacante devolveu com um lançamento preciso e Ivan avançou livre até a área, quando parou e cruzou para Washington. Na marca do pênalti, o artilheiro deixou o marcador no chão e bateu com precisão de matador, no canto esquerdo do goleiro Paulo Musse. Foi seu 14° gol no Brasileirão.

O gol chegou a animar o time e a torcida. Logo depois, o ataque fez linha de passe, mas Dagoberto acabou cruzando mal. Aos 13 minutos, a torcida se levantou em todo o estádio pela primeira vez, gritando o famoso "Dá-lhe, dá-lhe dá-lhe ê ô ô ô". Empolgado, o time produziu algumas boas jogadas, mas Dagoberto, Washington e Raulen erraram nos momentos decisivos.

Depois, o Atlético voltou a cair de produção e o Paysandu voltou a ter a iniciativa do jogo, mas seu ataque parou sempre na defensiva atleticana. Aos 36, Jadson recebeu lançamento de Dagoberto na direita e cruzou rasteiro, mas Alan Bahia chegou atrasado e não alcançou a bola. Já nos descontos, foi a vez de o Papão ameaçar. Bebeto Campos chutou de muito longe e Diego fez boa defesa.

Apesar de não apresentar um futebol brilhante, como em partidas passadas, o Furacão fez o suficiente para vencer sem maiores sustos e alcançar a terceira colocação do Campeonato Brasileiro.

26ª rodada – Brasileiro – (22/08/04) – Atlético 2 x 0 Paysandu
L: Arena da Baixada; H: 16h; A: Leonardo Gaciba da Silva (RS); CA: Bebeto Campos (31′), Sandro (43′), Jadson (52′) e Alan Bahia (63′); P: 10.137; R: R$ 108.448,50; G: Pingo, aos 41 do 1°; Washington, aos 11 do 2°.

ATLÉTICO: Diego; Raulen, Alessandro Lopes, Rogério Corrêa, Igor e Ivan; Alan Bahia, Pingo e Jadson; Washington (William 76′) e Dagoberto (Morais 88′). T: Levir Culpi.

PAYSANDU: Paulo Musse; Júlio Santos, Flávio Tanajura e Alex Pinho; Carabina (Balão int), Sandro, Bebeto Campos, Jobson e Alonso (Luís Fernando 59′); Vinícius e Leonardo (Hernani 64′). T: Adilson Batista.



Últimas Notícias

Sul-Americana

Que preguiça meu Furacão!

No lendário estádio Centenário, em Montevidéo, Danúbio 0 x 1 Athletico. Cuca escalou o time praticamente reserva para a partida, poupando a maioria dos jogadores.…

Brasileirão A1|Opinião

NEM 8, E NEM 80

O título do que será relatado abaixo, resume muito o sentimento desse ilustre torcedor quem vos escreve.   Na noite de ontem o Furacão entrou…