20 mar 2005 - 14h11

Dallas Cup: bate-papo com Anderson Aquino

O Atlético foi campeão da Dallas Cup de 2004 e lutará neste ano pelo bicampeonato desta importante competição internacional. Apesar disso, muitos jogadores do elenco de juniores do Furacão ainda são desconhecidos da maioria dos torcedores. Por isso, a Furacao.com preparou uma série de perguntas visando a mostrar um pouco mais dos jovens talentos rubro-negros.

O terceiro entrevistado da série é o atacante Anderson Aquino, artilheiro da Dallas Cup em 2004 e que estreou no time profissional no final do Brasileiro 2004. Confira:

Nome: Anderson Angus Aquino
Local de nascimento: Foz do Iguaçu (PR)
Data de nascimento: 18/12/1986
Clubes em que jogou: Paraná Clube
Peso: 70 kg
Altura: 1,74m
Chuteira: 41

Como você decidiu ser jogador de futebol?
Desde pequeno eu gostei de bola. Eu via o pessoal jogando pela televisão e ficava querendo jogar também. Comecei a jogar aos 5 anos. Meu pai me colocou em uma escolinha lá em Foz. Eu vim para Curitiba por causa do futebol, quando tinha 12 anos.

Como foi sua carreira?
Eu jogava desde os 5 anos e sempre tinha o Campeonato Paranaense de futsal. Em 2000, fui jogar contra o Paraná Clube. O professor William, pai do Ilan, foi ver o Dennys jogar e um ex-treinador meu falou de mim, para ele dar uma olhada. Naquele jogo ele não me viu, mas fiquei conhecido. Num outro jogo, um diretor do Paraná me viu e me convidou para um teste. Quando fui fazer o teste no campo o professor William estava lá, ele era treinador do infanti. Treinei um pouco e ele já falou para eu voltar pra casa, pegar meus documentos e voltar. Foi assim que eu comecei a jogar no infantil do Paraná. Joguei dois anos e fomos campeões os dois anos em cima do Atlético. Eu fui artilheiro e destaque. O Atlético se interessou e como eu não tinha contrato com o Paraná, enquanto eu estava na Seleção, o Atlético procurou meu pai, que é o meu procurador, e acertou com ele. Eu já estava querendo sair do Paraná por causa de uma briga – eles entraram com uma medida para me tirar da Seleção – e pela estrutura, por tudo que o Atlético tem, meu pai achou melhor eu vir para cá.

Como foi essa ida para a Seleção Brasileira?
Eu fui convocado, fiquei treinando lá uns 12 dias e no dia da viagem o Paraná entrou com o recurso pedindo que eu voltasse para o Paraná. Por isso, tive de voltar e não viajei.

Como é o apoio da sua família?
Meu pai é pai, procurador, amigo, treinador, tudo. Da minha família, o meu pai é quem cobra. Minha tia e minha namorada só me elogiam. Para elas, em todos os jogos eu fui o melhor. Já o meu pai, não. Ele vê o outro lado, cobra quando eu faço alguma coisa errada.

O seu pai jogou futebol?
Ele diz que jogou bola. Ele é do Paraguai e fala que jogou nas categorias de base do Olímpia, mas eu nunca vi nada (risos).

Como é o seu dia-a-dia aqui no Atlético?
Quando eu estava só nos juniores era meio entediante porque tinha só televisão para assistir. No profissional, os outros jogadores levam videogame para a concentração, então é mais animado (risos).

E quando você não está treinando, o que você costuma fazer?
Eu passeio, vou ao shopping, ao cinema, mas não sou muito de sair, gosto de ficar tranqüilo em casa, descansando. A gente treina dois períodos, então cansa bastante. Chega de noite, eu estou morto.

Qual o jogador do elenco profissional do Atlético que você mais admira?
Eu gosto mais do Dagoberto, que agora não está treinando.

O que o Atlético oferece para os atletas de base?
Eu acho que o Atlético tem tudo, um CT desse, busca sempre os melhores jogadores para montar os times mais fortes, está sempre chegando nas competições. Acho que comparando com outros times, como o Paraná, que foi por onde eu passei, não tem o que melhorar. No Paraná tínhamos muitas dificuldades, não tínhamos campos para treinar. Aqui no Atlético é o sonho de qualquer um, primeiro porque o cara chega aqui, vê um CT desses, os profissionais que trabalham aqui, já vê que não tem nada para melhorar.

Qual a melhor e a pior coisa de ser jogador?
Para mim, a melhor coisa foi entrar na Arena na partida contra o São Caetano. Cheguei a ficar arrepiado com o estádio lotado. Já a pior coisa eu acho que correr o risco de sofrer uma contusão.

Como você planeja o seu futuro?
Daqui pra frente quero me firmar no profissional, quem sabe ficar no banco e ir entrando devagarzinho e depois me firmar mesmo.

Qual é o seu sonho?
Ser o melhor. A gente sempre sonha em ser o melhor. Depois eu penso na Seleção Brasileira, que é a conseqüência de jogar bem no profissional.

Qual foi a emoção da sua partida de estréia no profissional, na partida contra o São Caetano na antepenúltima rodada do Brasileiro?
Foi de arrepiar quando eu entrei em campo antes do jogo. Fico imaginando como será quando for entrar jogando, já como titular. Fiquei olhando meio desnorteado para a torcida e toda aquela gente gritando. Quando o Levir me chamou, eu levei um tempo para acreditar, meu coração disparou.

Na concentração você já sabia que ia para o jogo?
Ele (Levir Culpi) falou para mim, conversou comigo no treino, perguntou se eu já tinha jogado em um estádio lotado, essas coisas e eu falei que só tinha jogado preliminar. Então perguntou para mim o que eu faria se ele me colocasse, eu falei que ia tentar ajudar da melhor maneira possível. Então eu meio que já sabia.



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