2 jul 2005 - 1h24

Fleury explica tudo sobre as obras na Arena

O presidente do Conselho Gestor do Atlético, advogado João Augusto Fleury da Rocha, concedeu entrevista ao vivo ao programa Sportscenter da ESPN Brasil na noite desta sexta-feira. O programa, apresentado por Paulo Soares e Mauro Cezar Pereira, dedicou vários minutos à decisão da Copa Libertadores da América e tratou especialmente da definição do local do primeiro jogo da final. Depois de exibir trechos de entrevistas com Mario Celso Petraglia e Marcelo Portugal Gouvêa, o Sportscenter entrevistou ao vivo o presidente Fleury. Ele esclareceu diversos pontos sobre as obras de instalação das arquibancadas tubulares na Kyocera Arena. Confira as principais passagens, separadas por tópicos:

FAIR PLAY
"Eu não gostaria de gerar polêmica porque temos de levar em consideração que estamos em um momento histórico, pois pela primeira vez na história da Copa Libertadores duas agremiações brasileiras disputarão a final. Por isso, é importante que o fair play prevaleça. Estamos postulando que o jogo do nosso mando seja realizado na Arena, mas sabemos que há resistências, principalmente pela invocação de um dispositivo do regulamento. Porém, estamos tentando reverter isso erguendo arquibancadas tubulares móveis perfeitamente seguras e que atendem o disposto no regulamento. Queremos realizar o jogo normalmente na Kyocera Arena."

SOLICITAÇÕES
"Nós temos tido um contato direto com a Conmebol, com a CBF e todos estão muito receptivos, todos estão dispostos a se associar ao Atlético nesse esforço para que a sede seja em Curitiba. O próprio brilhantismo da competição estaria ameaçado se assim não o fosse. A participação do Atlético tem sido emocionante, razão pela qual todos os paranaenses estão mobilizados em prol dessa participação. Se não houvesse essa receptividade nós não estaríamos realizando essa obra em caráter emergencial."

SÃO PAULO
"Tive contato com ele [Marcelo Portugal Gouvêa, presidente do São Paulo] ocasionalmente durante uma entrevista para uma emissora e nessa oportunidade ele disse que aceitará a determinação da Conmebol. Ele está certo. O Atlético também fará isso, se submeterá à Conmebol. A final tem de ser uma festa, não uma guerra."

ROBERTO REQUIÃO
"O governador Roberto Requiao, sempre atento à defesa dos interesses dos paranaenses, também se engajou nesse processo. Ele mobilizará seus esforços para que os órgãos públicos possam contribuir para que a obra seja realizada dentro dos ditames da lei, com segurança e conforto."

OBRAS
"Buscamos contato com autoridades administrativas, esportivas e judiciais que pudessem nos auxiliar. Em todas encontramos receptividade. Foram reuniões cansativas, pois tivemos de contratar uma empresa especializada na construção de arquibancadas modulares e fizemos um investimento de grande monta. Mas todas essas gestões são num único sentido: de realizar o primeiro jogo na Arena com sucesso de público e mídia."

PRAZO
"Nessa altura da noite existem dezenas de operários trabalhando. A totalidade das obras deve se encerrar na tarde de terça-feira."

REGULAMENTO DA CONMEBOL
"Tomamos conhecimento desse dispositivo do regulamento da Libertadores nos primeiros dias desse ano e logo ali nós vislumbramos que na eventualidade de o Atlético chegar à fase final da competição teríamos alguma dificuldade. Estive duas vezes em Assunção e estive também em Curitiba com o Sr. Nicolas Leoz e em todas elas eu tive a oportuniade de indagá-lo sobre o propósito de inclusão daquela norma. Naquela altura do campeonato não havia essa preocupação tão intensa. Qualquer alteração do regulamento dependia do Conselho Executivo, que só se reúne periodicamente, mas não houve naquela oportundiade a sensibilidade para se convocar uma reunião extraordinária, posto que se tratava de um caso em tese. Por isso que nós não conseguimos naquele primeiro momento postular uma alteração do regulamento, muito embora nossas razões fossem ponderáveis, já que a Kyocera Arena é o estádio mais moderno do país e está apto a realizar jogos de qualquer magnitudade. Poderíamos ter feito naquela época a retirada das cadeiras para aumentar a capacidade do estádio para 40 mil pessoas, mas optamos pela qualidade ao invés da quantidade. Essa regra só existe porque foi inspirada por quem a redigiu no sentido de que o estádio atendensse ao aspecto de segurança e da representação da magnitude da final da Libertadores. Esses dois requisitos não poderiam ser materializaados senão pela inclusão de uma capacidade mínima de 40 mil pessoas. Não era a melhor solução, mas foi a solução tradicional, pois até há 10 anos atrás o estádio bom era aquele de grande qunatidade de pessoas. Hoje não é mais assim. Veja que os grandes estádios da Europa não são aqueles numerosos, mas aqueles confortáveis. Então, essa norma certamente não mais estará inserida no regulamento da Libertadores 2006."



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