27 fev 2008 - 0h08

Relembre a trajetória atleticana na Copa do Brasil

Nesta quarta-feira começa para o Atlético mais uma vez a caminhada na realização de um sonho: conquistar o título da Copa do Brasil e retornar à Copa Libertadores da América. Criada em 1989, a Copa do Brasil tornou-se o caminho mais curto para que um clube conquiste vaga na competição mais importante do futebol sul-americano. As melhores campanhas do Furacão aconteceram nas edições de 1992, 1997, 1999, 2001 e 2007, em que a equipe chegou até as quartas-de-finais. O Furacão esteve ausente nas edições de 1990, 1993, 1994, 1995, 1998, 2002, 2004 e 2005. Nos anos de 2002 e 2005 o Atlético não participou por estar disputando a Libertadores.

O primeiro desafio este ano é contra o Corinthians Alagoano, na casa do adversário, às 15:15 (horário de Brasília). Vale a torcida e a mobilização dos atleticanos por mais essa conquista para o futebol do Clube Atlético Paranaense.

Furacão na Copa do Brasil

Em suas duas primeiras participações, o Atlético acabou eliminado ainda na primeira fase da competição. Em 1989, ano da primeira edição da Copa do Brasil, o Rubro-negro, então campeão estadual, acabou não resistindo ao time do Náutico. Na primeira partida, vitória do Timbu em Pernambuco, pelo marcador de 1 a 0. No jogo de volta, um empate sem gols selou o adeus do Atlético na luta pelo título.

Dois anos depois, em 1991, o Atlético esbarrou novamente em uma equipe nordestina, o Vitória da Bahia. Novamente disputando a Copa do Brasil por ter sido o campeão paranaense, o Furacão não conseguiu passar pelos baianos. No primeiro jogo, em Curitiba, empate por 1 a 1. Na segunda partida, o rubro-negro da boa terra levou a melhor, e venceu o Atlético por 2 a 1, frustrando mais uma vez o sonho de um título nacional.

No ano seguinte, porém, o Atlético fez uma de suas melhores campanhas, chegando as quartas-de-finais. Na primeira fase, o time encarou o Operário de Mato Grosso do Sul. Na partida de ida, o Furacão venceu por 3 a 1 na casa do adversário, mas como ainda em 1992 não existia a regra de que, em caso de vitória por dois ou mais gols de diferença, elimina-se o jogo da volta, o Atlético teve que receber a equipe do centro-oeste. Na partida em Curitiba, outra vitória atleticana, por 3 a 0.

Já na fase oitavas-de-finais, parecia que novamente uma equipe do nordeste acabaria com a campanha do Atlético na competição. Depois de um empate sem gols diante do Bahia em Curitiba, pelo regulamento, o Rubro-negro teria a obrigação de ir para cima na casa do adversário. E foi o que o Furacão fez: vitória por 2 a 1 e vaga assegurada para as quartas-de-finais.

Agora, o Atlético teria pela frente a equipe do Palmeiras. E mais uma vez o sonho adiado. Derrotas nas duas partidas, por 1 a 0 em Curitiba, e 3 a 1 em São Paulo.

Depois de três anos de ausência, o Rubro-negro, recém retornado à elite do futebol brasileiro, reencontrava a Copa do Brasil. Após passar por Ji-Paraná(1 a 1 fora e 3 a 0 em casa) e Santos(3 a 0 em casa e 1 a 1 fora), o time atleticano acabou eliminado pelo Grêmio, após empatar em casa por 1 a 1 e perder no Rio Grande do Sul por 3 a 0.

No ano seguinte, em 1997, o Atlético repetiria o feito de 1992, chegando as quartas-de-finais. Estreou vencendo o CSA de Alagoas, por 6 a 2 na casa do adversário, assim não precisando do jogo de volta. Na segunda fase, eliminou o Sport Recife, vencendo em Curitiba por 3 a 0, e empatando por 1 a 1 na casa dos pernambucanos. Nas oitavas, o Furacão encarou o Vasco da Gama. A vitória por 3 a 1 deu tranquilidade para o jogo da volta no Rio de Janeiro. Já em território carioca, derrota por 4 a 3, mas vaga assegurada para a próxima fase.

Entretanto, a fase de quartas-de-finais pode ser considerada umas das maiores decepções da nação atleticana. O adversário nesta fase foi o Corinthians, que no jogo de ida atuava em casa. Mas em São Paulo o Atlético não tomou conhecimento e venceu a equipe alvinegra por 2 a 1. Na volta, a esperança de uma vaga na semi acabou após um verdadeiro passeio corintiano: derrota do Atlético em Curitiba pelo marcador de 6 a 2.

Em 1999, voltando à competição como o campeão estadual, novamente o sonho parou nas quartas-de-finais. Na primeira fase, vitória fora de casa por 3 a 1 no Sampaio Corrêa, eliminado o jogo da volta. Na segunda fase, um empate sem gols em Curitiba, e outro empate, agora por 3 a 3 em Minas Gerais, fizeram com que o Atlético eliminasse o Cruzeiro. Nas oitavas, uma goleada em Curitiba em cima da Portuguesa, praticamente liquidou o duelo. Vitória por 5 a 2. Na volta, um empate em 2 a 2 confirmou a vaga para a próxima etapa da competição.

Eis que novamente o sonho para antes das semifinais. O adversário era o Botafogo carioca, que levou a melhor e venceu a primeira por 2 a 1. No jogo de volta, o Atlético devolveu o placar e a vaga seria decidida nos pênaltis. Melhor para o time da estrela solitária, que goleou por 4 a 1 nas cobranças dos penais.

Por estar disputando a Libertadores pela primeira vez em sua história, o Atlético, assim como os outros participantes brasileiros na competição continental, entrou apenas nas oitavas-de-finais, mas acabou já sendo eliminado nessa fase pelo futuro campeão daquela edição da Copa do Brasil, o Cruzeiro. Derrota em Minas Gerais por 2 a 1, e um empate em 2 a 2 em Curitiba.

E a fase quartas-de-finais novamente atrapalhou o sonho atleticano. Em 2001, o time estreou contra o Treze da Paraíba. Em território inimigo, derrota por 2 a 0 e vaga ameaçada. Porém, no jogo em Curitiba, o Atlético devolveu o placar, e acabou vencendo o adversário nos pênaltis por 3 a 2. Na segunda fase, venceu o Guarani por 2 a 0 em Campinas, eliminando a partida em casa. Nas oitavas, outra equipe paulista, a Portuguesa. Vitória em Curitiba por 3 a 1 e empate em 1 a 1 em São Paulo. E chega a temida fase que é a pedra no caminho atleticano. E novamente o Corinthians, o rival de 1997. Em São Paulo, um empate sem gols, entretanto assim como quatro anos antes, o Atlético acabou perdendo em casa a chance de eliminar o time corintiano, sendo derrotado por 1 a 0. Mas no final do ano, a nação atleticana pode enfim comemorar um título nacional de primeira divisão.

Em 2003 e 2006, o time acabou parando ainda na segunda fase. Em 2003, o Atlético sofreu para passar pela Tuna Luso, empatando fora por 2 a 2 e tendo uma vitória magra em casa, por 1 a 0. Na segunda fase, acabou perdendo as duas para o Sport: 3 a 2 e 1 a 0. Já três anos depois, o começo foi um pouco mais animador, pois o Furacão bateu o Moto Clube no Maranhão por 3 a 1, evitando o jogo em Curitiba. Mas na segunda fase acabou eliminado pelo Volta Redonda. Derrota por 2 a 1 na Cidade do Aço, e um empate sem gols na Baixada.

No ano passado, um reencontro com o fantasma de parar antes das semifinais. A equipe atleticana estreou contra o Coxim, do Mato Grosso do Sul. Vitória por 5 a 2 fora, eliminando o jogo em casa. Na segunda fase, encarou o Vitória, que herdou a vaga do Baraúnas. No Barradão, o time baiano goleou por 4 a 1. Mas o Atlético buscou forças, e empurrado pela torcida na Arena, conseguiu reverter, vencendo por 3 a 0. Já nas oitavas, o time não aprendeu a lição com a fase anterior, e acabou perdendo por 3 a 1 para o Atlético Goianiense. Novamente com a torcida ajudando a equipe, o time conseguiu um 2 a 0 heróico e a vaga para as quartas-de-finais.

E veio o Fluminense. No Maracanã, o Atlético empatou por 1 a 1, parecendo enfim aprendido com os erros dos jogos contra Vitória e Atlético Goianiense. Mas a tragédia aconteceu, e a vaga nas semifinais mais uma vez ficou no sonho do torcedor. Derrota na Baixada por 1 a 0, com gol de Adriano Magrão. Está foi a segunda vez que o Atlético acabou eliminado pelo futuro campeão da Copa do Brasil.



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