2 mar 2008 - 12h58

Claiton: "Eu sustento pai, mãe, tios, parentes"

O Atlético anunciou nesta semana a negociação do volante Claiton para o Consadole Sapporo, do Japão. Antes de se apresentar ao novo clube, Claiton viajou para Porto Alegre, sua cidade natal, a fim de acertar os preparativos para a mudança.

Neste domingo, o jornal Zero Hora publicou uma entrevista com o ex-jogador atleticano. A matéria foi publicada na coluna Bola Dividida, assinada pelo jornalista Diogo Olivier. Claiton disse à ZH que a proposta financeira era muito boa e ele é responsável por sustentar toda a sua família, razão pela qual não pôde recusar a oferta. Confira as declarações do jogador:

Você sempre foi muito criticado, chamado até de tosco. Isso te incomoda?
Sou um jogador realizado. Tinha dois sonhos. Ser titular do Inter, onde cheguei com oito anos, e jogar só em clubes grandes. Fui capitão no Flamengo, no Botafogo, no Santos, no Atlético Paranaense. Trabalhei com técnicos de ponta: Vanderlei Luxemburgo, Muricy Ramalho, Paulo Autuori, Leão. Fui titular com todos eles. Respeito a imprensa, mas nunca dei bola para isso.

Você entende que evoluiu desde a saída do Inter?
Peguei uma época muito ruim do Inter financeiramente, com times teoricamente inferiores aos de agora. Hoje tenho mais experiência, sei a hora certa de ir à frente. Me considero um dos jogadores de primeira linha do futebol brasileiro na minha posição. Do contrário, não seria titular de tanto time grande.

Por que você saiu do Inter?
A proposta do Santos, em 2004, era muito boa. Mas teve outros motivos. Mesmo lutando e ajudando, eu tinha que provar a cada jogo no Inter. Achei melhor sair.

Você pretende jogar até que idade?
Tive sorte, pois nunca machuquei o joelho ou tive lesão muscular grave. Isso ajuda muito.

Mas até quando?
A primeira meta é ir até os 35 anos. Esta é barbada. Depois, só vendo. Não quero passar vergonha.

E a parte financeira?
Vim de família humilde. Eu sustento todo mundo: pai, mãe, tios, parentes, os amigos dos parentes. Sabe como é… Tenho um filho de seis anos para criar, o Claiton Júnior. Tenho que correr atrás.

Mas está realizado ou não?
Ah, sim. Meu pai mora em uma casa de primeira, eu mesmo estou em uma grande, com piscina, na Zona Sul, como sempre sonhei. Tenho também meus carros. Mas a gente não pode se acomodar. Quem pára, morre.

E o Eduardo Costa? Já falou com ele depois da briga do ano passado, contra o Grêmio, na Baixada?
Não. Mas não guardo mágoa.



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