Sou mais Atlético
Sou mais as nossas cores, as nossas bandeiras, os nossos gritos, o nosso hino. Sou mais a loucura de amar sem limites, sem condições, sem medo. Sou mais o lado de cá, da paixão em vermelho e preto. Mas faço algumas ressalvas acerca de tudo o que passou.
1. A perda do título é conseqüência do mercantilismo que tomou conta do Atlético. Excepcional seria o triunfo da política do desmanche continuado. Quais serão os próximos a sair?
2. Heber Lopes, outra vez. Querem nos fazer acreditar que não comprometeu. E não comprometeu, mesmo. Perdemos exclusivamente por nossas falhas. Nosso time é frágil e sem espírito de campeão. Mas Heber está longe da neutralidade. Como de costume, se atrapalhou nos critérios de marcação de faltas e amarrou convenientemente o jogo tempo final. Concluiu com um acréscimo ridículo de dois minutos. Erros pequenos, que pouco interferiram na tragédia anunciada. Nossos jogadores se abateram depois do gol esquisito deles.
3. Caiu a máscara dos meios de comunicação. O fim do campeonato foi o estopim para uma bateria de editoriais raivosos, comentários engraçadinhos e manifestações de alívio. A Diretoria do Atlético foi o alvo preferido. Colheu o que plantou. Nada, porém, justifica a falta de respeito com a nossa torcida, que deixou de existir para os jornais e para os palpiteiros que empunham microfones sem nenhuma responsabilidade. Ignorar uma comunidade de mais de um milhão de pessoas e subestimar o espetáculo que realizamos no domingo são provas descaradas de mau jornalismo.
Não é fácil torcer pelo Atlético atual. Vivemos sob tensão permanente, em busca do futebol esquecido pela cartolagem arrogante. Não é fácil, mas nada se compara às nossas cores, às nossas bandeiras, aos nossos gritos, ao nosso hino. Por isso seguimos, por isso vivemos.