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1 jun 2009 - 12h18

Procura-se um rei

Há muitos e muitos anos no reino Joaquino Amehricus um certo senhor bateu à mesa, levantou-se e opôs-se ao rei. Disse ele que o povo sofria, era humilhado, pisoteado e que aquilo iria mudar. Cercou-se de outros apaixonados, formou um exército e comandou a tomada do poder. Diga-se de passagem entregue sem muita resistência.

Idos do ano de 1995 este senhor era aclamado e ovacionado pelo povo. Devolveu àquele povo o gosto de presenciar grandes batalhas e de vencer grandes adversários. Ergueu um enorme palácio e construiu um grande quartel general, sob a promessa que de lá sairiam os melhores soldados que aquele reino já vira.

Com o total apoio popular tornou-se o novo Imperador e levou o reino além de suas humildes fronteiras. Conquistou territórios e por muito pouco não chegou a conquistar um continente inteiro. Orgulho e paixão se confundiam nos corações daquele povo.

Aos poucos, por motivos desconhecidos, o Imperador foi perdendo seus companheiros que formaram o exército da grande revolução. Pessoas não tão nobres se aproximaram dele e ele foi se isolando no poder. Suas decisões eram inquestionáveis e uma sucessão de erros foi maculando dia-a-dia sua imagem com o povo.

Durante algum tempo boa parte do povo foi proibido de frequentar o palácio. Grandes quantias em ouro eram exigidas para tal. Eis que, para conter a revolta popular o imperador permitiu que os mais pobres visitassem os porões do palácio, e os que pudesses bancar a quantidade em ouro tivesses acesso irrestrito às suas dependências. Criou-se então uma segregação entre um povo outrora unido e apaixonado.

O palácio já não tinha mais aquele brilho, o exército já não tinha mais o vigor nas batalhas, os adversários foram retomando seus territórios e aquele orgulho do povo já não era assim tão grande. Mesmo assim o Imperador continuava a fazer mais e mais inimigos. Criticava o povo, atacava seus ex-companheiros e se recusava a admitir os próprios erros. A cada batalha perdida vinha o Imperador atirando contra todos. Nem mesmo seus generais e soldados tinham plena confiança em suas palavras.

A insatisfação tomou conta da população que se acostumara a ser um reino temido e vitorioso. Parte dela se insurgiu contra ele e gritos de repúdio já eram ouvidos. O Imperador tentou então trazer o povo para junto de si, liberou o acesso irrestrito ao palácio e prometeu um exército forte para devolver o orgulho ao povo apaixonado. O povo correspondeu e lotou o palácio. Mas os exércitos eram cada vez mais fracos, generais inexperientes e soldados já desgastados pelos campos de batalha marcaram aquela época.

Eis que o já cansado Imperador convocou um plebiscito. Chamou o povo a escolher seu substituto. Projetou aquele que poderia retomar o caminho das vitórias, com o apoio do povo e sem a rejeição que sua imagem causava. Escolheu alguém que estava sempre presente e sempre próximo ao rei. Alguém que ele pudesse comandar à distância e tocar o seu projeto de poder. Escolheu aquele que o botou pra fora do reino na primeira discordância.

Escolheu o Bobo da corte.



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