23 out 2009 - 15h23

O que esperar do Atletiba

Assim como os coxas confiam em seu time, os atleticanos obviamente encaram o confronto diante do maior rival com respeito, mas querendo muito a vitória. E a confiança é fruto das últimas boas exibições do time, desde a derrota para o líder Palmeiras em São Paulo, passando por outros bons resultados e culminando com a goleada sobre o Santo André, na última rodada, por 3 a 0 dentro de casa.

O contra-ataque bem armado por Antonio Lopes é um dos pontos destacados pelos torcedores. Além de mais uma exibição segura do jovem Manoel, a torcida confia no colombiano Valencia para marcar o habilidoso Marcelinho Paraíba e deposita as esperanças de gol nos veteranos Alex Mineiro e Paulo Baier, além do jovem Wallyson.

Mas além das quatro linhas, o que mais deseja o torcedor atleticano?

Para o bancário César Alves, 26, a expectativa é de “que a ‘briga’ fique apenas dentro de campo, pela bola e pelo resultado. Que as torcidas façam suas festas habituais e que, principalmente, a imprensa paranaense tenha isonomia na divulgação das ações de cada torcida, além de imparcialidade. Valor este que parece ‘adormecido’ há muito tempo em nosso estado”. Pensamento semelhante ao da jornalista e editora da Furacao.com, Patricia Bahr. “Espero que o clássico seja primeiramente uma grande festa do futebol paranaense. Uma festa com um belo espetáculo em campo e paz nas arquibancadas”.

Atleticanos prometem muito apoio e festa nas arquibancadas [foto: JORNAL DO ESTADO/Franklin de Freitas]


Um dos pontos citados pelos atleticanos é sobre a maneira diferenciada que a polícia trata as atleticanos no Couto Pereira, bem como a falta de condições do estádio rival. Preocupação do estudante Danillo Ribeiro, 19 anos. “Nos últimos jogos no Couto Pereira, o espaço destinado à torcida atleticana estava em condições precárias, com buracos na arquibancada e o esqueleto de ferro do estádio à mostra em algumas partes. Espero que o Coritiba tenha remodelado aquela parte visando uma maior segurança aos frequentadores de seu estádio, afinal, a Fonte Nova é logo ali”. Já o projetista Osires B. Jr, de 28 anos, lembra que “este ano os coxas tiveram mais lugares disponíveis no setor de visitantes na Baixada, e nenhuma única bala de borracha ou cão foi usado contra eles. Espero que a rivalidade permaneça apenas no campo e não se deixem abater com o placar do Atletiba da vida deles”.

O pedido de paz é unânime entre os atleticanos, como destaca o viajante consultor de ERP, Wagner Ribas, esperando que “o clima, principalmente fora de campo, seja de paz e que não tenhamos cenas de racismo como tivemos outras vezes, por parte da torcida do Coritiba”, lembrando as lamentáveis cenas de racismo no estádio rival que foram encobertas pela imprensa.

Torcedor imitando macaco são cenas que não devem ser vistas no futebol [foto: arquivo FURACAO.COM]


Por fim, o empresário Flávio Vieira, 31, lamenta que, diferentemente de outros tempos, as pessoas evitam ir num clássico por causa da violência. Para ele ainda existe “um sonho de que um dia poderei ir a um Atletiba junto com o meu irmão coxa-branca, que possamos sentar num bar com nossas camisas e ocupar o mesmo setor no estádio. Deve ser muito bom ter um coxa por perto pra tirar sarro logo após um gol num Atletiba. Enquanto esse dia não chega, eu não vou ao Estádio”.

Torcedor atleticano, colabore com a segurança no clássico. Coloque o manto sagrado que só se veste por amor, vibre, torça, cante e empurre o time, mas sem se envolver em eventuais confusões que esperamos não acontecer. Por um Atletiba em Paz!



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