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Torcedor do Corinthians “há mais de meio século”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos convidados para as cerimônias de comemoração dos cem anos do clube nesta terça-feira. E em seu empolgado discurso no salão nobre do Parque São Jorge, onde foi homenageado, Lula mostrou bom humor nas declarações, mas também disse ter “inveja” de clubes como o São Paulo, dada a organização da equipe do Morumbi.

“Sinceramente, eu fico com inveja de clubes que têm as coisas acertadinhas como o São Paulo. Ou de time que tem as coisas como o Cruzeiro, ou o Atlético-PR. Eu imaginava: não é possível que o Corinthians não tenha 150 mil sócios em São Paulo”, disse o presidente, pedindo no Corinthians “um trabalho como o (do) Internacional, que quase se autossustenta com o associado”.

Apesar do tom do discurso, Lula adotou mais leveza em seu comentário. Dirigindo-se a Andrés Sanchez, disse que o dirigente corintiano “pode ficar certo: quando eu deixar a presidência do Brasil, não quero a presidência do Corinthians”.

Desde o início, Lula provocou risadas leves nos presentes à sessão de homenagens. Condecorado como Chanceler Honorário do Futebol Brasileiro pelo Clube dos 13, o presidente agradeceu: “é com muita alegria e muita satisfação que recebo esse titulo”, afirmou, no mesmo dia em que foi declarado “embaixador do setor sucroalcooleiro do Estado de São Paulo”. “Se o Palmeiras também quiser me dar um título, eu aceito sem nenhum problema”, disse, aplaudido.

Em meio às cobranças e às comparações com o programa de sócios do Internacional, o chefe de estado fez outra associação – desta vez, com os sindicatos. Segundo ele, os torcedores precisar ser convencidos a aderir ao clube, assim como os sindicalistas se associavam às centrais, mediante algumas vezes a algum esforço de persuasão.

Porém, rechaçando o apoio às torcidas organizadas, Lula pediu adesão e presença do “torcedor que sai com sua família para assistir a um clássico, que vai a um jogo e volta como se tivesse ido a um teatro, um cinema”.