20 nov 2012 - 22h21

Petraglia fala à CPI e sai aplaudido da Assembleia

Os esclarecimentos do presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, tiraram aplausos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Paraná. Chamado para falar sobre as obras da Arena da Baixada, ele falou por mais de duas horas, respondeu dezenas de perguntas e, por fim, saiu com a sensação de ter ganho de goleada.

Petraglia ganhou os deputados quando afirmou que o clube não irá pedir nenhum aditivo de recursos dos R$ 184 milhões já projetados para as obras da Arena, que serão divididos em três partes pelo clube, município e estado. A afirmação mudou a posição e derrubou os argumentos sobre as obras e os custos orçados para a compra das cadeiras do estádio, cujos valores foram questionados e também pela escolha da empresa do filho de Petraglia como fornecedor.

"Se o preço é fechado e, independente se a obra vai custar x ou y, não há diferença para o governo. A gente só vai agradecer a sua vinda e da parte da diretoria do Atlético-PR e aproveitaram para deixar claro para que tenhamos um belo estádio para a Copa do Mundo", completou o presidente da CPI, deputado estaduado Fábio Camargo.

Contratação de parentes em segundo plano

Assuntos como a escolha de parentes de Petraglia na compra das cadeiras e também nas obras arquitetônicas, que poderiam configurar improbidade administrativa, acabaram relevadas a segundo plano. Sobre as cadeiras, o dirigente atleticano relembrou que foram convidadas 13 empresas para participar do processo licitatório e que a empresa de seu filho ganhou por apresentar o melhor produto.

"Foram mandadas 13 empresas, oito responderam às condições do edital, com exigências nossas de avaliação técnica e de preço. Nem sempre o mais barato, aparentemente, não é o mais barato mesmo", afirmou.

O presidente atleticano manteve a afirmação de que não considera recursos públicos os títulos de potencial construtivo entregues pelo município. O Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) já se manifestou com posição contrária.

Por fim, ainda aproveitou para alfinetar os trabalhos da CPI e também do município, que retirou de votação da Câmara de Vereadores de Curitiba o projeto de lei que aumentava os valores de potencial construtivo para as obras.

"Acho que essa CPI deveria aproveitar e perguntar se estão cumprindo aquilo que prometeram. Se o governo estadual e municipal está cumprindo dentro do limite. E não está, porque foi uma mensagem de complemento para a Câmara e foi retirada. Estamos descobertos em valores. Há os limites que nós precisamo e nos prazos que nós precisamos, se não, não teremos estádios", disse.

Petraglia ainda informou que já foram gastos os valores de R$ 45 milhões que o Atletico-PR tinha com recursos próprios e também dos repasses da prefeitura. Segundo ele, caso os valores de R$ 131 milhões previstos como repasse do BNDES não cheguem, as obras podem parar: "Esses R$ 45 milhões nós zeramos. Até com risco, que se não houver liberações rapidamente, de paralisarmos as obras".

Críticas e acusações a Cid Campêlo

O convite para que Petraglia fosse à CPI também serviu para que o presidente criticasse o advogado e ex-membro da diretoria do clube, José Cid Campêlo Filho. Ele foi responsável por divulgar as contrações de parentes para as obras da Arena da Baixada.

Conforme Petraglia, Campêlo agiu como retaliação à negativa da presidência em contratar um escritório de advocacia apontado por ele. Também, segundo o dirigente, Campêlo estaria tentando assumir responsabilidades por compras das obras.

A reportagem do GLOBOESPORTE.COM não conseguiu localizar José Cid Campêlo Filho.

O deputado Mauro Moraes propôs uma acareação entre Petraglia e Campêlo, mas ela foi negada por 4 votos a 1.

A CPI das Obras da Copa deixa a Arena da Baixada de lado e, na próxima sessão, prevista para terça-feira, deve receber um membro do Tribunal de Contas do Paraná para tratar das obras de mobiliário urbano para o Mundial.



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