26 nov 2012 - 12h27

Drubscky, o interino que foi efetivado

Desconfiança. Esta era a palavra que pairou sobre Ricardo Drubscky quando foi anunciado no comando técnico do Furacão, em junho de 2012. Contratado para o lugar do demitido Juan Ramón Carrasco, o técnico chegou com alta rejeição da torcida rubro-negra, com 84% de desaprovação.

"É uma oportunidade, sem dúvida nenhuma, ímpar na minha vida", declarou Drubscky em sua apresentação. E não era pra menos. Até chegar ao Atlético, o mineiro de Belo Horizonte havia passado por América Mineiro, Democrata, Villa Nova, Ipiranga, Atlético Mineiro, Araçatuba, Valeriodoce, Ipatinga, Botafogo (PB), Caxias, Monte azul, Tupi e Volta Redonda. Estudioso do futebol, Drubscky chegou a assumir o departamento de formação do clube em 2008.

A pressão inicial impunha bons resultados, que não foram alcançados com um empate (com o Goiás) e uma derrota (para o Ceará) em duas rodadas, fazendo com que Drubscky fosse transferido para o Sub-23 enquanto Jorginho assumia o comando da equipe principal. Porém, os resultados não vieram e mais uma vez a diretoria atleticana mudou o comando técnico.

Mesmo com sondagens de outros nomes no mercado, como Paulo Roberto Falcão, a solução foi efetivar Drubscky. E foi assim que o Furacão voltou aos trilhos e engatou uma boa sequência de vitórias nas quatro últimas rodadas do primeiro turno. “Tomara que vocês não achem treinador tão cedo. Tomara que todos que vocês procurem não queiram vir”, disse o técnico na ocasião. Nessa época, a Furacao.com perguntou aos internautas se Ricardo Drubscky deveria ser efetivado no comando técnico do Atlético. Na opinião de 60,4%, a resposta foi afirmativa. Sinal que o trabalho poderia ser coroado em seu término com o esperado acesso à primeira divisão.

Com o apoio do elenco e os bons resultados obtidos, o treinador foi, aos poucos, conquistando a confiança da torcida, e conduziu o Atlético durante todo o restante do campeonato, garantindo o tão desejado acesso à Série A. “Foi uma trajetória sem possibilidade erro. Tivemos que correr contra o prejuízo o tempo todo. Levando em conta isso, é um título”, disse após o acesso confirmado. Sob seu comando, o Atlético disputou 25 jogos, sendo 15 vitórias, sete empates e apenas três derrotas, num aproveitamento de 69,33%.

Mesmo com as vitórias em campo, Drubscky ainda lutava contra a desconfiança de muitos atleticanos, que se irritavam com a demora nas substituições, ou em alterações erradas, que não beiravam o óbvio. Ainda assim, foi nas mãos dele que o grupo se apoiou e carimbou a vaga de volta ao lugar que jamais deveria ter saído: a Série A.



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