21 nov 2013 - 7h33

Análise do jogo: Da pressão ao nervosismo

O que iniciou com o Atlético pressionando e jogando bem, terminou com os jogadores do Furacão errando vários passes e nervosos em campo. Muito deste nervosismo se deve ao empate 1 a 1, que prevaleceu desde 30 do primeiro tempo, e ao fato de que o Flamengo se defendia de modo que os comandados de Vagner Mancini não conseguiram criar boas oportunidades de gol. Ainda faltam 90 minutos, mas já se foram 90 minutos da decisão.

Estes primeiros 90 minutos da decisão da Copa do Brasil de 2013 começaram com o Atlético no 4-2-3-1 e o Flamengo no 4-4-2.

Atlético no 4-2-3-1 e Flamengo no 4-4-2 [arte: Caio Gondo]

Este esquema tático, que Vagner Mancini distribuiu o seu time, já foi utilizado outras vezes. Assim como nos últimos jogos contra o Atlético-MG e a Portuguesa. Porém em nenhum deles, o Furacão começou no 4-2-3-1, pois ele foi utilizado como variação de posicionamento no decorrer da partida.

Entretanto, apesar da falta de costume da equipe atleticana utilizar este esquema de jogo, o Atlético ditou o ritmo da partida até os 20 minutos do primeiro tempo. Já que até então, o Furacão pressionava a saída de bola do Flamengo, compactava o time próximo do meio de campo até a grande área carioca e esteve mais intenso na partida. Enquanto que o Flamengo ficava com a posse de bola (até o décimo minuto, o time da Gávea estava com 65% de posse), compactava o time entre as duas intermediárias e iniciava a marcação na sua intermediária ofensiva, mas tendo maior intensidade de marcação a partir do meio de campo. O gol de Marcelo saiu a partir do posicionamento mais avançado do time atleticano.

Depois do gol, o Flamengo passou a ficar ainda mais com a posse de bola e realizou 3 das suas 5 finalizações no primeiro tempo. Sendo que duas delas foram no gol de Weverton e uma delas resultou no gol de Luiz Antônio, aos 30.

Após o gol de Luiz Antônio, o Flamengo passou a iniciar a marcação atrás do meio de campo e seus laterais passaram a atacar quase nunca. Deste modo e somado à dificuldade deste time do Atlético em criar boas oportunidades de gol jogando com a posse da bola já em campo ofensivo, o jogo não saiu do 1 a 1.

No intervalo, Jayme de Almeida, técnico do Flamengo, não quis fazer a sua última substituição do jogo no intervalo. Pois André Santos e Chicão já haviam saído por contusão ainda no primeiro tempo. Já Vagner Mancini também não fez substituição, mas motivou bastante a sua equipe. O Atlético foi para o segundo tempo mais ligado. Já que até os 12 minutos desta etapa, o quarteto ofensivo se movimentava constantemente, os jogadores do Furacão pressionaram, voltaram a compactar o time à partir aproximadamente do meio de campo para frente e criaram 4 das 8 finalizações do segundo tempo. Porém sem o segundo gol e depois de 12 alucinantes, o Atlético diminuiu o seu ritmo.

Percebendo a queda de rendimento de seu time, Vagner Mancini colocou Dellatorre no lugar de Pedro Botelho, aos 15. Com esta substituição, Zezinho passou a jogar na lateral esquerda, Dellatorre aberto pela esquerda e o Furacão pressionava ainda mais. Porém como o ímpeto de querer fazer o segundo gol era tão grande, o time passou a jogar muito descompactado. Tanto que o que se via era uma equipe sem meio de campo e abusando dos lançamentos (foram 32 bolas longas no jogo todo).

Atlético com 3 atacantes e descompactando, oferecendo o meio para que o Flamengo dominasse tal espaço [arte: Caio Gondo]

Vagner Mancini, demorou 15 minutos para perceber e realizar uma substituição para ocupar os espaços que o seu time estava oferecendo. Aos 30, entrou Maranhão no lugar de Paulo Baier. Com isso, Maranhão foi para a lateral esquerda e Zezinho e Éverton passaram a ocupar o espaço desocupado pelo meio de campo atleticano. Aos 31, Ciro entrou no lugar de Éderson.

Com Zezinho e Éverton recuados para armar o jogo vindo de trás e com Deivid podendo marcar Carlos Eduardo, Juninho e Maranhão passaram a subir simultaneamente e mais frequentemente [arte: Caio Gondo]

Estas duas substituições melhoram o Atlético, tanto defensivamente quanto ofensivamente, mas o time não conseguiu criar boas oportunidades de gol até o fim da partida. Já o Flamengo se defendia com 8 jogadores, segurou muitas vezes a bola em campo ofensivo e enrolou ainda mais o jogo com a entrada do volante Diego Silva no lugar de Carlos Eduardo, aos 39.



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