30 jan 2014 - 10h20

Análise do jogo: Mudanças com derrota

Atlético e Sporting Cristal fizeram a primeira partida da Libertadores, ontem, no Peru. Mas diferentemente das prévias, os dois times iniciaram a partida de maneiras inesperadas. Pelo lado rubro-negro, Miguel Portugal fez o Furacão jogar no 4-4-2 em linha, assim como era uma das preferências de esquema em seu site. Já pelo lado celeste, Daniel Ahmed, técnico do Sporting Cristal, escalou a sua equipe no 3-1-4-2.

Atlético no 4-4-2 em linha e Sporting Cristal no 3-1-4-2 [arte: Caio Gondo]

A mudança para Miguel Portugal fez o Furacão modificar o seu esquema tático e, também, a sua maneira de jogar. Com o espanhol no comando técnico, os jogadores rubro-negros passaram a realizar marcação pressão desde a saída de bola, a aproximar somente os setores de meio-de-campo e defesa e, por fim, a jogar com linha alta defensiva.

Imagem dos setores de meio campo e defesa próximos, enquanto que o do ataque está bem longe [arte: Caio Gondo]

Flagrante da defesa em linha alta [arte: Caio Gondo]

Porém, a realização defensiva em linha alta não foi das melhores opções contra o veloz ataque do Sporting Cristal. Os atacantes Irven Ávila e Mario Leguizamón mais aproveitaram para receber constantemente em profundidade do que a defesa rubro-negra os deixaram em posição irregular. Tanto que foram inúmeros os lançamentos do time peruano nas costas da defesa atleticana durante os primeiros 90 minutos do duelo. Lançamentos como o do primeiro gol do Sporting Cristal. Gol de Ávila.
Mesmo com a desvantagem no placar, o Atlético não mudou o seu comportamento em campo. A linha alta de impedimento, a marcação pressão desde a saída de bola e a aproximação da defesa e do meio-campo continuaram. Todavia, a movimentação ofensiva entre Zezinho e Éderson fez o Furacão chegar com mais perigo ao gol de Penny.

Esta movimentação pelo lado esquerdo do Atlético acontecia com o atacante abrindo para a esquerda, e Zezinho fechando pelo meio e aproveitando o espaço que foi deixando pelo o atacante. Veja pelo flagrante abaixo:

Movimentação pelo meio de Zezinho fez o jogador finalizar duas vezes com grande perigo ao gol de Penny [arte: Caio Gondo]

Já o Sporting Cristal frequentemente compactou o seu time em cerca de um terço do campo, manteve o 3-1-4-2 no jogo todo e abusou dos lançamentos para os seus atacantes que conseguiam se posicionar bem para recebê-los.

Flagrante mostra os três aspectos do time peruano: a compactação de um terço, o posicionamento no 3-1-4-2 e os lançamentos nas costas dos defensores rubro-negros [arte: Caio Gondo]

No intervalo, Miguel Portugal fez o seu time pressionar com ainda mais jogadores a saída de bola do Los Cerveceros. Esta pressão aumentada fez com que Natanael sofresse o pênalti que resultou no gol do Atlético. O lateral esquerda rubro-negro roubou a bola no campo ofensivo, e seu adversário só tinha como recurso a realização da falta. Mas ao mesmo tempo que o Furacão subiu com mais jogadores para pressionar em campo ofensivo, o Sporting Cristal teve ainda mais campo para a realização dos seus lançamentos. O segundo gol dos peruanos saiu neste momento da partida.

Após o segundo gol celeste, as substituições começaram foram feitas. Pelo lado do Atlético, Douglas Coutinho, Fran Mérida e Nathan entraram nos lugares de Sueliton, Zezinho e Marcelo. A entrada do meia espanhol fez o time melhorar, mas não conseguiu fazer com que o gol de empate acontecesse. Já pelo lado do Sporting Cristal, De La Haza, Ross e Nuñez entraram nos lugares de Yotún, Leguizamón e Lobatón. A entrada de De La Haza fez Calcaterra migrar para centro do campo e organizar melhor o time peruano.

Com as substituições, os dois times terminaram distribuídos da seguinte maneira:

Distribuição dos jogos ao fim da partida [arte: Caio Gondo]



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