2 jul 2016 - 20h30

Em protesto, Fanáticos não entra em jogo

O atrito entre o Atlético e a sua principal torcida organizada, a Os Fanáticos, chegou ao seu momento neste sábado (02). A organizada não entrou na Arena da Baixada, no jogo contra o América-MG, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro e passou boa parte da partida protestando em frente ao estádio. A atitude foi um protesto da torcida contra a diretoria, anunciado durante a semana, devido à proibição que o clube fez contra os adereços típicos da organizada e um desgaste entre as duas partes que dura desde abril.

Durante todo o jogo, o setor destinado à Os Fanáticos ficou em boa parte desocupado, com alguns torcedores do setor Fan vestindo roupas sem relação com os adereços da organizada. Estes torcedores também não levaram bateria nem nenhum outro instrumento musical e a festa ficou por conta da “charanga atleticana”, banda organizada pela diretoria para animar o público. Quando a charanga começou a tocar, alguns torcedores presentes na Arena, que não estavam no necessariamente setor da TOF, vaiaram a banda e xingaram a diretoria, principalmente Mário Celso Petraglia.

A Fanáticos já havia anunciado nesta quinta-feira (31) que não iria comparecer na partida contra o América-MG, como forma de manifestação contrária à diretoria e iria assistir a partida em sua sede. Depois, a organizada foi ao fim da partida contra o América para cantar em frente à Baixada.

Em uma carta publicada na internet, a organizada listou os principais motivos do protesto. “De um lado, recebemos inúmeros pedidos de Atleticanos apaixonados que querem a volta da festa no Caldeirão, de outro lado vemos a diretoria nos chamar de "bando de marginais" em conversas de whatsapp, deixando claro que não somos bem vindos em nossa própria casa e ressaltando ainda que não existirá diálogo algum”, diz a carta.

Em outro trecho, a organizada negou problemas com relação aos jogadores e disse que o problema é especificamente com a diretoria: “Nosso problema não é com nosso amado Clube ou com os jogadores, nosso problema é uma decisão tomada pela atual diretoria Atleticana (ou parte dela). Ninguém frequenta um lugar onde não é bem vindo e nós, com o coração apertado em reunião ocorrida na última terça feira decidimos que não entraremos mais nos jogos com mando do Furacão até que esta posição seja discutida ou que um diálogo seja iniciado”, finaliza.

Desgaste já dura meses

Os protestos aconteceram por causa de uma divergência entre a organizada e a diretoria do Atlético, que começou ainda em abril deste ano, quando a organizada fez um vídeo xingando Walter, após o atacante mostrar o dedo do meio para a torcida enquanto estava no banco de reservas. Como punição, a Fanáticos foi proibida de entrar no estádio com bateria e os seus adereços.

A Fanáticos iniciou os protestos contra o clube no dia 12 de abril, na partida contra o Brasil de Pelotas, na abertura da Copa do Brasil e valia “por tempo indeterminado”. Desde então, houveram vários casos de troca de farpas entre as duas partes, dentre eles, uma faixa xingando Mário Celso Petraglia até uma invasão a uma festa junina promovida pelo clube no sábado passádo (25-06), em que a diretoria do Atlético alegou que os invasores foram membros da organizada. Um dia antes, o clube havia se manifestado publicamente em seu site a favor da extinção das torcidas organizadas no Brasil.



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