16 set 2016 - 11h18

Dados mostram deficiência no ataque atleticano

Reclamar que o ataque atleticano é ineficaz faz certo sentido. O Furacão possui o segundo pior ataque da competição, com 23 gols marcados, atrás somente do América-MG, com 17 gols. O fato de a defesa ser a melhor da Série A junto com a do Santos (apenas 23 gols sofridos) ajuda a equilibrar essa conta e colocar o time na nona posição.

Apesar da aparente tranquilidade que a tabela mostra, ser mais eficaz nas finalizações e aumentar o número de gols deve ser a chave para o time sair desse meio de tabela que, ao mesmo tempo em que ameniza riscos de queda, também não inspira voos maiores rumo ao G-4.

Após o jogo contra o Santa Cruz, o Atlético chegou à marca de 216 finalizações na série A em 2016 (Os dados são do site Footstats). Considerando que, desse número de chutes somente 23 viraram gols, o time possui um aproveitamento nesse quesito de apenas 10,6%.

A falta de gols nos últimos jogos é evidente no ataque atleticano. O time passou em branco em jogos decisivos, entre eles Palmeiras e Grêmio em casa, este último pela Copa do Brasil. A dificuldade de chegar à área do Santa Cruz, equipe que não vencia há cerca de dois meses na competição, só revela como o ataque atleticano não consegue a mesma eficácia que a defesa. Por melhor que Weverton, Paulo André e Thiago Heleno joguem, não são invencíveis e nem sempre vão dar conta de segurar os resultados.

Mesmo com esse retrospecto, é importante destacar a variação de jogadas do ataque, apesar dos gols perdidos. São 113 chutes de dentro da área e 103 de fora, uma proporção quase dividida. A finalização de longe pode ser um dos caminhos, principalmente com Hernani, um dos artilheiros do time com quatro gols. André Lima, Nikão e até Deivid já arriscaram de longe e tiveram sucesso.

O problema não é só o Walter

A conturbada saída do atacante Walter foi muito sentida pela torcida, sobrando várias críticas à diretoria, que também se desfez do meia Vinícius. Pela qualidade que o jogador demonstra ao longo da carreira, não dá para dizer que ele não fará falta, não importa o peso que ele tenha. No entanto, todos os problemas do elenco não se resolveriam se ele continuasse no clube.

Ao todo, Walter finalizou 34 vezes pelo Atlético na Série A 2016. Em direção ao gol, foram 15 tentos e 3 gols, além de outros 19 que saíram longe da meta. Pablo, um dos artilheiros do time no campeonato com quatro gols, tem 12 chutes em direção à meta. Pela estatística, ainda que não estejam distantes, Pablo é mais eficaz do que foi Walter neste campeonato. Não significa que o atual atacante do Goiás seja pior e sim que a sua qualidade não necessariamente se converteu nos gols que a torcida atleticana esperava.

Opinião

Bom seria se o Atlético pudesse contar com os dois, Pablo e Walter. Melhor seria um elenco mais completo, sem desfalques, lesões, negociações que aconteceram e que não aconteceram. Mas, para o Furacão alcançar posições melhores do que o apenas cômodo nono lugar, é preciso mais. Acertar apenas 10% de todos os chutes, não importando a saída ou chegada de reforços, é pouco para quem quer chegar a uma Libertadores. Nem só de defesa vive um bom time.



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