27 abr 2017 - 11h02

"Um dia inteiro de Furacão", por Rogério Andrade

Um dia inteiro de Furacão

Olhos arregalados, às 5 da manhã.

Um vento esquisito começou a movimentar as cortinas. E mais, e mais. E não parava. Como num toque de mágica, algumas gotas de chuva transformaram-se em uma enxurrada e as árvores da rua já anunciavam: está chegando um Furacão.

Lá se foi o restinho do sono, lá se foi a cama gostosa e a coberta quentinha. Era só o barulho das ruas e a certeza batendo na consciência: o Furacão chegou!

Chuva, vendaval e muito barulho na cidade, logo cedo. Era o dia! O Dia do Furacão! O dia do Atlético!

Difícil foi conter os ânimos logo pela manhã. Difícil foi almoçar e tentar encontrar o apetite. Nada era maior do que a ansiedade de encontrar o Atlético, às 21h45 da noite desta quarta-feira encantadora! E que noite! Que noite!

O Atlético entrou em campo e já estava escrito: vamos ganhar do Flamengo. Atmosfera única, clima quente e uma única certeza: Hoje é dia de Furacão!

A cada passe, a cada lance, a cada ataque, o coração batia mais e mais forte. E veio o gol, para enlouquecer a Baixada. Não sei onde fui parar, mas voltei para ter a belíssima sensação do segundo gol. Explodi! Subi na cadeira, fui aos braços de mais de uma dúzia de alucinados e lembrei das 5 horas da manhã.

Foi um dia inteiro de Furacão!

Vamos para as cabeças, podem escrever!

É bom demais ser atleticano!

Rogério Andrade, 45 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.



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