25 jul 2017 - 7h44

Em busca do “fator Baixada” perdido

“Viemos pra vencer!” O que era praticamente um mantra da torcida atleticana em jogos na Arena da Baixada, por incrível que pareça, está cada vez mais distante. Sem saber o que é comemorar uma vitória há exatos 30 dias, o Atlético viveu dias de pesadelo entre o fim de junho e todo mês de julho, justamente num período decisivo para as pretensões do clube na temporada, com jogos pela Copa do Brasil e Libertadores, além da reta final do primeiro turno do Brasileirão.

E pior: acompanhou grande parte das derrotas do mês justamente no local onde era considerado imbatível: a Arena da Baixada. Um cenário nebuloso que pode ganhar novos tons a partir desta quinta-feira (27), quando o Furacão coloca em campo mais uma vez a mística do velho Caldeirão para uma missão quase impossível: reverter o placar de 4 a 0 que o Grêmio construiu no jogo da ida, pelas quartas de final da Copa do Brasil.

A última vitória atleticana na temporada foi no dia 25 de junho, quando superou o Vitória por 4 a 1, na Baixada. De lá para cá, foram oito jogos, um pela Copa do Brasil, um pela Libertadores e seis pelo Brasileiro, com cinco derrotas e três empates.

O cenário fica pior quando se avalia o desempenho com mando de campo. Na sequência recente, foram quatro partidas em Curitiba, com três derrotas (Santos, na Libertadores, na Vila Capanema; Cruzeiro e Ponte Preta, na Arena) e um empate, contra o Botafogo. Ou seja, o tão temido “fator Baixada” não tem colaborado muito com o Furacão até o momento.

Contra a Ponte Preta, Atlético perdeu seu quarto jogo em casa no Brasileirão [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]


No Campeonato Brasileiro, o clube tem até aqui o seu pior desempenho como mandante desde 2003, quando foi implantada a fórmula dos pontos corridos. O fraco rendimento chega a ser pior ao de 2011, quando foi rebaixado para a Série B.

Até agora, no Brasileirão, foram oito partidas do Atlético na Baixada com apenas duas vitórias (São Paulo e Vitória), além de dois empates (Flamengo e Botafogo) e surpreendentes quatro derrotas (Grêmio, Santos, Cruzeiro e Ponte Preta) e o fraquíssimo desempenho de 33,33%.

Historicamente, as piores campanhas em casa nem de perto superam os números de 2017: em 2006, com 52,63% (9 vitórias, 3 empates e 7 derrotas), 2011 com 53,14% (8 vitórias, 8 empates e três derrotas), 2009 com 57,89% (9 vitórias, 6 empates e 4 derrotas) e 2015 também com 57,89% (9 vitórias, 6 empates e 4 derrotas).

O número de derrotas em casa no Brasileirão 2017 também surpreende. As quatro derrotas até aqui contrastam com desempenhos recentes muito melhores: ano passado, foi apenas uma derrota em casa no Brasileiro; e em todo Brasileiro de 2015, por exemplo, o time perdeu os mesmos quatro jogos que até aqui, em 8 rodadas em casa, alcançou este ano.

Confira o histórico de aproveitamento do Atlético na Arena em jogos do Campeonato Brasileiro dos pontos corridos:

2017 (até 25/07):
8 jogos: 2 vitórias, 2 empates e 4 derrotas
Aproveitamento: 33,33%

2016:
18 jogos*: 14 vitórias, 3 empates e 1 derrota
Aproveitamento: 83,33%
*O clube mandou o clássico Atletiba na Vila Capanema

2015:
19 jogos: 9 vitórias, 6 empates e 4 derrotas
Aproveitamento: 57,89%

2014:
14 jogos*: 8 vitórias, 3 empates e 3 derrotas
Aproveitamento: 64,28%
*O clube mandou jogos na Arena apenas após a Copa do Mundo
**Em 2012 e 2013 o Atlético não mandou jogos na Arena da Baixada, devido às obras para a Copa

2011:
19 jogos: 8 vitórias, 8 empates e 3 derrotas
Aproveitamento: 56,14%

2010:
19 jogos: 12 vitórias, 6 empates e 1 derrota
Aproveitamento> 73,68%

2009:
19 jogos: 9 vitórias, 6 empates e 4 derrotas
Aproveitamento: 57,89%

2008:
19 jogos: 10 vitórias, 6 empates e 3 derrotas
Aproveitamento: 63,15%

2007:
19 jogos: 11 vitórias, 6 empates e 2 derrotas
Aproveitamento: 68,42%

2006:
19 jogos: 9 vitórias, 3 empates e 7 derrotas
Aproveitamento: 52,63%

2005:
21 jogos: 13 vitórias, 5 empates e 3 derrotas
Aproveitamento: 69,84%

2004:
23 jogos: 16 vitórias, 4 empates e 3 derrotas
Aproveitamento: 75,36%

2003:
23 jogos: 14 vitórias, 4 empates e 5 derrotas
Aproveitamento: 66,66%



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