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8 maio 2019 - 12h02

Manias

Tenho costume de chegar ao aeroporto com um mínimo de antecedência. Invariavelmente tenho que correr. Mania feia, decorrente de uma sensação de invencibilidade e até de soberba.

Não foi assim pra ir até a Argentina nesse 8.5.2019. Pular cedo da cama não foi problema, e nem ir para o ninho com cerca de 2h de antecedência em relação ao horário de decolagem. No embarque, aquela sensação de ansiedade e de cumprimento de mais um dever: outra etapa vencida. Não é fácil identificar, mas parece que a impressão que todo torcedor tem é a de que ele próprio vai entrar em campo.

É mania de torcedor, enfim. De se sentir dono do Clube e se enxergar como alguém importante na instituição. Algo natural. Afinal, o orgulho e a emoção experimentados em face de conquistas de “terceiros”, por assim dizer, só acontecem quando você sente que os tais “terceiros” são um pedaço de si próprio. É assim que acontece com aqueles que se ama.

E essas manias eu carrego comigo desde sempre. Era assim quando assistia o Boca na TV e o via como um sonho distante, e também quando conheci Buenos Aires anos atrás e fui fazer turismo na Bombonera pra ter um registro lá dentro com o manto rubro-negro. Hoje, quando o Boca se tornou uma realidade frente a nós, o sentimento não é diferente.

Desfilar de camisa do Atlético pelas ruas de Buenos Aires provavelmente nunca fez tanto sentido. Dessa vez, até os hermanos vão nos reconhecer, e por certo não precisaremos nos apresentar enquanto sentados no boteco aos curiosos do local.

Comer parrila, ou mesmo degustar colheradas de doce de leite com um macchiato no Café Tortoni terá um sabor incomparável.

Ir ao jogo como visitante, trajando vermelho e preto, tendo o Boca como adversário e o Lucho González como capitão, é algo difícil de descrever.

Ah, essas manias… A sensação de estar aqui faz pulsar o futebol raiz nas minhas veias. Sinto-me até importante para o meu Clube!

Se for sonho, não me acorde. Já estou chegando na Argentina. E com as mesmas manias de sempre.



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