8 maio 2019 - 14h32

O Atlético já jogou na Bombonera….e venceu!

Não lembro exatamente o mês, muito menos o dia e chuto que o ano deva ter sido por 1987. O Atlético com aquele escudo do CAP solto ainda tinha Cristóvão, Nivaldo e Detti mas já contava com Marolla, Pedrinho “Maradona” e o garoto Adilson Pezão na defesa.

O time do Boca eu não conhecia muito, então achava que qualquer bom jogador da seleção argentina campeã do mundo em 86 podia ser deles. Sabia que Maradona não, pois já brilhava na Europa, mas do clube ouro celeste eu conhecia mais sobre o estádio do que do time. Ah, essa famosa Bombonera!

A pressão já era imensa antes mesmo de a bola rolar. Talco na entrada no time em campo e o estádio onde a cancha pulsa de verdade não parava. Como era de se esperar, o time da casa começou esmagando o Furacão no campo de defesa, mas os rubro-negros mantinham uma calma que nós torcedores não conseguíamos. Mas a pressão foi tanta que a o gol acabou acontecendo, um tirambaço do camisa 8 (que pra mim era Olarticoechea) que morreu no fundo da meta atleticana.

Calculem o que foi aquela torcida. Gritos, loucura, cantorias ainda maiores. E o primeiro tempo seguiu assim, com o Boca pressionando ainda mais, a torcida ensandecida e o Atlético agora sim um pouco assustado.

E veio a etapa complementar e o jogo seguiu na mesma. O Atlético demorou para se ajeitar até que Roberto Cavalo chutou cruzado da entrada lateral da área, ela desviou em Agnaldo e foi parar no barbante portenho. Que coisa! Alegria geral porque além de não estar sendo goleado, meu Atlético empatava com o poderoso Boca Juniors dentro da mitológica Bombonera.

Faltavam ainda 10 minutos e a pressão adversária foi implacável. Marolla pegou tudo e mais um pouco e naquele dia até em escanteio e bola cruzada ele acertava todas. Time foi minuto a minuto sacramentando um empate heroico para no final ser presentado com um contra ataque fulminante no melhor estilo 4 contra 3 onde Pedralli achou o veloz ponta esquerda Vilson, livre, para dar um sutil toque por sobre o goleiro Navarro “El Mono” Montoya. E não houve tempo para mais nada.

E assim, com narração deste escriba tentando imitar o inesquecível e imortal Lombardi Junior, deu-se por encerrada a épica atuação do Atlético, em que, pelo menos na imaginação do garoto fanático por futebol de mesa e que o praticava diariamente durante toda a infância, vencemos o poderoso Boca Juniors dentro do seu território.

Amanhã parte desse sonho se realiza: o meu time do coração enfrentará numa partida oficial uma das mais famosas e poderosas equipes do mundo em seus domínios. E quem sabe o sonho não vem completo com a repetição daquela vitória?

Aconteça o que acontecer, o Atlético que sonhamos vai se tornando realidade.

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