17 set 2019 - 0h29

Por todos nós

Na noite da próxima quarta-feira, às margens do Guaíba, seremos em 11 dentro de campo, mais um tanto à beira do gramado e 2.300 nas arquibancadas. Estaremos no Beira-Rio por nós e por todos aqueles que vieram antes de nós e que ajudaram a construir o nosso atleticanismo.

Lutaremos pela Copa do Brasil por todos aqueles que ficarão em Curitiba, porque o trabalho não os permitiu viajar. Por todos aqueles que, embora com disponibilidade de tempo, não tiveram condições financeiras de arcar com os custos da viagem. Cantaremos por aqueles que trabalhavam naquele sábado pela manhã quando os ingressos começaram a ser vendidos e nem tiveram a chance de tentar a compra. Representaremos aqueles que foram traídos pelos cartões de crédito e pelas operadoras financeiras e sentiram o gosto amargo da decepção de estarem tão perto e, depois, tão longe dessa Final.

Da arquibancada encheremos de orgulho os que já se foram, como o meu pai e a irmã da Mylla. Construiremos memórias ao lado das novas gerações, como a Clara do Marçal e o Luiz da Moni Silva.

Daremos o sangue para que Tiago Nunes entregue o caneco para a sua filha e, em lágrimas, possa agradecê-la por ter segurado a barra no dia da festa de aniversário dela sem ele por perto. E o caneco virá também para compensar a saudade que outros tantos pais e mães sentiram longe dos seus filhos, enquanto eles treinavam no CT do Caju em busca do sonho de fazer história no futebol.

Se o título vier, será para coroar toda a dedicação da esposa do Nikão e todas as vezes que as avós cuidaram dos netos para que as mães pudessem estar na Baixada torcendo. Se tiver faixa de campeão e ela for vermelha e preta, ela tem que estar no peito da senhora que prepara a comida no CT do Caju, daquele moço que limpa todas as chuteiras e do motorista do ônibus do Furacão.

Se tudo der certo, tem que ter medalha para o narrador da Baixada e para todas as moças do Espaço Sócio Furacão. E também para aquela mãe e filha que me encontraram pela 2ª vez na fila para entrar na Baixada e que são pura simpatia. Tem que estar no pôster de campeão da Tribuna a Roberta que fretou um avião, o nosso estagiário preferido e aquela outra moça, mãe do bebê Thiago que quase se chamou Aderbar.

Por todos esses e muitos outros, façamos valer cada gota de suor já derramada em prol do nosso Athletico. Seremos milhares a empurrar os 11 que entrarão em campo. Se tiver chegado a nossa hora de experimentar a magia de levantar um caneco dessa envergadura, cada um de nós pode se orgulhar porque é merecedor de tudo isso e muito mais!

Eu te amo, Furacão, eu te amo!  

Assuntos: |


Últimas Notícias

Notícias

100 palavras

“Palavras não são friasPalavras não são boasOs números pros diasE os nomes pras pessoas” – TITÃS Um misto de sentimentos me tocou a alma na…