17 set 2019 - 15h12

Todas as torcidas pelo Furacão

Que uma final de competição nacional mexe com as torcidas envolvidas todos já sabem. Mas que torcedores de outros times se emocionam, vibram, deixam-se envolver pode parecer loucura. Mas acontece – e mais do que se imagina. A Furacao.com foi atrás dessas histórias.

O Timão é Furacão

Rodrigo Borges, 39 anos, líder de produção, paulista de Itapetininga, torcedor do Corinthians, está torcendo pelo Athletico nessa Copa do Brasil. Os toques envolventes, o jogo fácil, o futebol bonito e o grande trabalho de Tiago Nunes conquistaram um espaço nesse coração alvinegro.

Rodrigo considera que ambas as equipes foram melhores que os adversários no momento certo. “Inter eliminou o poder financeiro do Palmeiras. E o Furacão eliminou os dois semifinalistas brasileiros da Libertadores, além de já ter ganho dos argentinos nesse ano. Apesar da pouca vantagem, acho que o Athletico traz a taça, num empate com gols, pra dar mais emoção.”

Planejamento e organização dentro e fora de campo

Para Rodrigo, a base forte, a organização e contratações pontuais são o segredo do crescimento do Furacão. Ele aposta num crescimento ainda maior, ano após ano, sempre com os pés no chão. “O Athletico já é um modelo de gestão de futebol para o Brasil”.

A Raposa sempre parceira

Douglas, 32 anos, técnico em telecomunicações, de Belo Horizonte, torcedor do Cruzeiro, também acredita no título vindo com um empate em 1 a 1. A simpatia pelo time rubro-negro é pelo motivo já conhecido: futebol envolvente e pra frente. “O Furacão já merece mais um título nacional há certo tempo, e o trabalho de Tiago Nunes merece ser coroado com essa Copa” – afirma o mineiro.

Douglas acha o futebol colorado burocrático, defensivo, não agradando aos olhos de outros torcedores. E o fato de quebrar barreiras do Athletico, indo contra uma final anunciada pela imprensa gaúcha, revertendo um resultado considerado impossível credenciam o Furacão ainda mais ao título.

Outro fator que o cruzeirense ressalta como ponto forte é a velocidade de contra-ataque e a qualidade de lançamentos com os pés do goleiro Santos.

Apesar da eliminação, o urubu também é Furacão

Wanderson Martins, 29 anos, carioca de Teresópolis, flamenguista, aposta num empate no Beira-Rio. Credita seu apoio por já ter uma simpatia pelo futebol do Athletico, além de admirar o desafio de mostrar ao país que elenco recheado de craques e dinheiro nem sempre resolvem. Acredita que a vantagem do primeiro jogo é importante e obriga o Inter a sair do seu comodismo e ter que buscar o jogo. “O primeiro jogo na Arena foi fundamental, quase impossível vencer um jogo de mata-mata lá. Além disso o Tiago Nunes já se mostrou um comandante copeiro”, atesta Wanderson.

As Mulheres também são rubro-negras

Ana Carolina, 36 anos, de Itajaí, torcedora do São Paulo, administradora e proprietária do site Cartola FC Dicas, também está com o Athletico. “Analiso pela parte técnica. O Furacão vem melhor no ano todo, inclusive com seus reservas. Um clube que trabalha a base de maneira inteligente, sem gastar fortunas em contratações duvidosas é um modelo para o Brasil”, opina.

O Nordeste virou sul

Thiago Castro, 35 anos, pernambucano de Recife, advogado, Sport de nascimento, atleticano por opção própria. Thiago sempre foi torcedor do Leão da Ilha. Com a mudança para Curitiba, por conta da esposa, Thiago chegou numa família coxa. Até foi levado ao estádio Couto Pereira, mas ele não se identificou. Bastou ir ao jogo do Furacão contra o Sporting Cristal para se apaixonar e achar seu novo lar. Sócio do Furacão, ele e a esposa, Amanda, 32 anos, farmacêutica, levam a filha, Kyara, de um ano, a todos os jogos.

Thiago, Amanda e a pequena Kyara na torcida pelo Furacão. (foto: arquivo pessoal)

Mais presente na arquibancada que muitos atleticanos de nascença, esteve em Buenos Aires contra o Boca, Porto Alegre contra o Grêmio, além de muitos outros jogos pelo Brasil. Thiago já se considera mais atleticano do que rubro-negro da Ilha. Sua maior lamentação é não ter presenciado o título brasileiro de 2001, pois ainda não havia descoberto sua verdadeira paixão. Mas tem a certeza de que trará na bagagem de Porto Alegre, junto com outros amigos que fretaram um ônibus, essa conquista da Copa do Brasil.

Que toda essa união de cores e bandeiras traga mais essa taça para cá. Pois rubro-negro é quem tem raça e não teme a própria morte.



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