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12 dez 2019 - 11h58

O muro caiu, Furacão!

Nos anos 90 eu era criança e a minha família e parentes, quase toda Coxa Branca, me fez aprender o hino e até me faziam vestir a camisa do clube do Alto da Glória. Mas foi quando vi pela TV, Oséas e Paulo Rink jogando pelo Atlético que percebi algo diferente. Aquele mundo dos alviverdes não me chamava a atenção, eu já era atleticano e não sabia.
Quando pedi uma camisa do Atlético de presente, um muro se pôs na minha frente: não somos campeões de nada e os que estão do outro lado do muro, são. Então veio 2001, quebramos uma parte desse muro, mas ele ainda não estava totalmente no chão! O time era muito bom, mas logo se desfez e o fato do título ser sobre o São Caetano sempre deixou um asterisco até em algumas mentes rubro negras.

Então veio 2004 e, quando necessitamos ser grandiosos, as camisas de Grêmio, Vasco e Santos entortaram o varal para nós. O muro subiu e a dúvida surgiu. Em 2005, nem nós acreditávamos que aquele time chegaria a final, mas parecia que dessa vez o muro parecia que cederia. Então a Conmebol fez a parte dela e fortaleceu a barreira em favor do São Paulo, nos tirando o direito de jogarmos o primeiro jogo na nossa Arena.

Lembro que eu tinha 17 anos e foi quando conheci a Furacao.com. Por eles me informava e acabei sabendo que a TOF estava organizando uma invasão a Porto Alegre. Fui às 5h da manhã pra frente da Baixada e não consegui a minha vaga no ônibus, as senhas tinham acabado. Eu sabia, lá no fundo, que aquele primeiro jogo em Poá não seria a gente, seria uma tentativa e deu no que deu. O muro ficou ainda mais alto. O rebaixamento no início da década só fez aumentá-lo e a final da Copa do Brasil em 2013 quase nos deu a certeza que demoraríamos pra viver aquela alegria de 2001.

Eu moro em São Paulo desde 2010, então se você me perguntar onde eu estava em 2012, posso te dizer que eu estava até no fim do mundo, menos em Curitiba. Sofri à distância não poder apoiar naquele momento, sofro até hoje com a distância de família, amigos e claro, do Atlético. Veio 2018 e todas as surpresas e ídolos. Também vieram aqueles jogos impressionantes contra Peñarol, Fluminense e enfim Jr Barranquilla.

Dia 12 de Dezembro de 2018, eu peguei o avião e consegui o ingresso. Assisti esse jogo do mesmo lugar que sempre assistia na antiga Kyocera Arena, Buenos Aires Superior bem atrás do gol. Dali eu vi o gol do Pablo e também vi o empate. Sofremos por todo o segundo tempo e até o pênalti perdido pelo incrível Barrera. Aliás, é significativo que o jogador que erra o pênalti contra o murado time do Água Verde, afundado na Baixada se chame Barrera. Vieram as disputas de pênaltis, Renan Lodi se candidatou a vilão na última hora, mas o Tiago Heleno não o permitiu.
Foi então que eu vi o muro cair bem na minha frente! As lágrimas vieram, porque já não resta mais nenhuma barreira. E daquele momento vieram os 3 a 0 contra o Boca, o 1 a 0 fora o baile contra o River e como narrou o Milton Leite, passou um furacão Copa do Brasil. Muito prazer, nascemos pra ser diferentes e o muro já não está mais de pé!



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