18 out 2020 - 13h30

Paulo Autuori: o “P.A.” da esperança

O Furacão anunciou a contratação de Paulo Autuori para o cargo de diretor técnico de futebol.

O nominado “Head Coach” será o responsável por aplicar a metodologia do “Jogo CAP” nas equipes principal e aspirantes.

Aos 64 anos de idade, Autuori retorna ao Athletico quase três anos depois. No clube, ele atuou como treinador por quase duas temporadas.

Histórico de Paulo Autuori no Athletico

Em 2016, o carioca levou o time à sexta colocação no Campeonato Brasileiro, conquistando uma vaga para a Copa Libertadores.

Em 2017, Autuori dirigiu a equipe campeã regional e conduziu o time às oitavas de final da competição continental. Em maio, deixou o cargo para assumir como diretor técnico – após 86 partidas à frente do elenco rubro-negro. Eduardo Baptista foi contratado para substituí-lo.

Baptista foi demitido em menos de um mês, situação que levou Autuori a pedir seu desligamento do clube. Semanas depois, no entanto, ele foi convencido pelo presidente Mario Celso Petraglia a retornar, acompanhando o então treinador Fabiano Soares até o fim da temporada, quando deixou a equipe definitivamente.

Após a primeira passagem pelo Athletico, o atual Head Coach foi diretor executivo do Fluminense, técnico do Ludogorets (Bulgária) e do Atlético Nacional (Colômbia), além de superintendente de futebol do Santos. Este ano, assumiu como treinador do Botafogo – time pelo qual foi campeão brasileiro em 1995. Foi demitido no início de outubro.

Os desafios

Segundo o Athletico, Autuori retorna para ser responsável “pela liderança técnica do projeto esportivo, com ênfase na gestão das equipes principal e aspirantes, como no alinhamento técnico metodológico com as equipes de formação”.

O novo diretor técnico chega em meio à reestruturação do setor, que contratou William Thomas – profissional que já teve passagem pelo Clube e é apontado como um dos responsáveis pela formatação do atual modelo de jogo do Athletico – no final de setembro, para a função de gerente executivo de futebol.

Existe a expectativa que Autuori e o departamento de futebol Rubro-Negro definam o nome de um treinador, já que desde a saída de Dorival Junior o time é comandado pelo interino Eduardo Barros.

Há a possibilidade, inclusive, do próprio Head Coach assumir o time, provisoriamente, até a chegada de um novo comandante.

O Furacão faz péssima campanha no Brasileirão, sem vencer há seis jogos (uma das partidas válida pela Libertadores) e amargando na zona de rebaixamento há duas rodadas. Por outro lado, é o primeiro colocado no grupo na competição continental e com classificação garantida para as oitavas de final.

Paulo Autuori retomará o projeto que ele próprio ajudou implementar entre 2016 e 2017 e que foi fundamental para os títulos da Copa Sul-Americana e Copa do Brasil nos anos subsequentes.

De fato, até aqui, este é o pior Athletico em muitos anos. As contratações não agregaram valor à equipe. Entram e saem sem dar um drible ou fazer um passe produtivo. Chegamos na reta final de 2020 com um time sofrível taticamente, demonstrando partida após partida um futebol irresponsável, covarde e de toque para trás. O gol virou absoluta exceção.

Paulo André montou um monstro que alguém precisará domesticar. Não será fácil arrumar a bagunça irresponsavelmente produzida até aqui.

Eduardo Barros – uma das peças desta caótica engrenagem – não conseguiu fazer o Furacão girar.

Talvez a falta da torcida nos estádios e a pouca visibilidade permitiram estes descalabros. Um time desalmado que não expressa reação frente ao resultado negativo.

Torcemos para que o mundo vire de cabeça para baixo no CT do Caju e que o novo profissional contratado seja mais um marco de uma nova – e necessária – reviravolta.

Paulo Autuori, esse sim, é um “P.A.” que nos dá esperança.

Bem-vindo.

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