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21 ago 2003 - 7h40

Torcida

Sou atleticano há mais de 40 anos. Já vi de tudo neste mundo de futebol. Grandes times, times medíocres. Dirigentes classe “A”, dirigentes safados. Só o que não vi até hoje é uma torcida melhor que a do Atlético. Não será preciso ficar enumerando feitos para comprovar isso. Sempre, sempre mesmo, a torcida está a postos para o que der e vier. Sem ela, duvido que teríamos chegado até aqui.

Mas de uns tempos para cá tenho lido e visto uma faceta um tanto nostálgica de nossa querida torcida. Como o grande atleticano que ficou revoltado com os jogadores que não souberam cantar o hino, eu também acho isso uma falta de respeito.

Mas cabe uma pergunta. Será que se o Capone, Leomar, etc soubesse de cor e salteado o nosso hino seriam lembrados com carinho pelo seu feito no nosso clube? Acredito que não.

Cá entre meus botões fico pensando: Será que naqueles tempos, Assis, Lino, Washigton sabia o nosso hino? Hoje sei que sim, pois todos são atleticanos como nós. Naquela época, melhor que saber o hino era que jogassem o que jogaram. Duvido que algum atleticano deixariam de idolatra-los por descobrir que não sabiam cantar o nosso maravilhoso hino.

Sou um pouco mais pratico: se um trabalhador da Ford vem a trabalhar na Chevrolet e for um BOM funcionário, duvido que será cobrado por não saber coisas e cores da Ford. Isso é profissionalismo.

E para mim, uma das maiores alegrias que tive, foi na madrugada fria do dia 23 de dezembro de 2001, quando o Nem, em frente à Arena, após aquela conquista maravilhosa, pegou o microfone e em vez de pedir que cantássemos o nosso hino, falou: Galera, por favor, cantem novamente aquela musica que vocês cantam em todos os jogos, a do Pink Floyd: “coxarada, filha…”

Vamos deixar para os jogadores jogarem. Torcer, cantar nossos hinos, etc é por nossa conta.

E já faz muito tempo, mas muito mesmo que esse lance de beijar o escudo do time tem outro significado. Com o gesto, o boleiro quer simplesmente dizer: “obrigado por pagarem meu salário em dia. Eis a minha forma de retribuir: gols, jogadas, etc”

Para mim, o Atlético me basta. Basta olhar 8 anos atrás e ver que NINGUÉM no Brasil fez tanto pelo torcedor como o Atlético.

Longe de mim defender este ou aquele. Mas vendo pelo lado pratico, nada mais lógico o que se está fazendo no nosso time para fincar estacas seguras para um futuro melhor. Talvez a maneira não seja a correta. Questão de estilo. Mas não podemos deixar de ver que em relação aos times do Brasil, tirando Cruzeiro e São Paulo, ninguém está em melhor situação do que nós. E se “eles” hoje estão em melhor lugar no Campeonato Brasileiro, sabemos todos que é fogo de palha. Quando terminar os “trocados da piratarização do Banestado”, a casa vai cair.

Como caiu quando o sr. Prosdócimo disse “chega” e tirou seu time de campo. Com menos uns 15 milhões de reais no bolso. Quando o Sr. Joel Malucelli cansou de colocar “algum” do seu bolso naquele saco sem fundo de dívidas, rolos, maracutaias. E vejam: são grandes empresários. Como a base está podre, não adianta construir castelos sobre. Cai do mesmo jeito. Lembram-se quando surgiu o Paraná clube? Não seria o clube do século 21? Patrimônio, torcida, etc? Bastou 5 anos de má gestão e estão uns oito prá lá do fundo do poço. E naquela época, vi e li de muito Atleticano que teríamos que fazer igual. Até nos juntarmos a eles alguns propuseram. Que loucura.

O futuro é do Atlético. De nossa torcida. Podem acreditar. E ajudar. Torcendo.



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