17 out 2001 - 20h22

O Xerifão rubro-negro

O zagueirão Nem é o símbolo da raça atleticana no momento. E esse é um quesito essencial para disputar o Atletiba.

Nem é a peça que faltava ao rubro-negro nos últimos anos. Mesmo com grandes elencos, uma dezena de grandes artilheiros e jogadores habilidosos e decisivos, o Atlético acabou deixando escapar a chance de conseguir os tão esperados títulos nacionais. Afora a Seletiva para Libertadores 2000, onde o Furacão varreu do mapa todos aqueles que encontrou pela frente, nós cansamos de ser parados pela malandragem de times mais tarimbados e com jogadores mais experientes: Sul-Minas, Finais do Brasileirão e Libertadores.

Um Xerifão! É isto que Nem representa para o clube. Aquele jogador que põe a bola “embaixo do braço” e chama a responsabilidade para si nos momentos mais difíceis. Um guerreiro, uma máquina de força. Se Kleberson é o motorzinho rubro-negro, Nem é a gasolina azul: explosivo, mas essencial.

Desde a sua chegada, ele tem mostrado a qualidade que a torcida rubro-negra mais admira: a raça. A mesma que por vezes ultrapassa o seu próprio controle e acaba o deixando de fora da próxima partida. Outras vezes é apenas injustiçado pela arbitragem, tal a fama que ele já conseguiu.

Mas não é só pelo vigor físico que Nem se destaca. O seu posicionamento perfeito, a antecipação na jogadas e a habilidade em sair jogando fazem de Nem um dos melhores zagueiros do Brasil. Olha aí Felipão, Nem é o líbero de que tu precisas!

E na semana do Atletiba é deste tipo de jogador que o Atlético mais necessita. Não que a categoria de Souza, Kleberson e Cia seja dispensável, mas qualquer torcedor com mais de 2 anos de estádio sabe o que significa este confronto. O jogo do grito, da camisa rasgada, da dividida até na hora de buscar a moeda do cara e coroa no chão.

Mas Nem tem uma marca negativa, nunca ganhou do alviverde. Vontade é o que não falta! Forçou um cartão amarelo para cumprir a suspensão automática e ter seu passaporte garantido para o grande clássico paranaense.

É esta vontade de Nem que contagia. Se existe vontade da volta por cima do rival, existe um grupo vermelho e preto disposto a devolver as últimas derrotas sofridas, com juros e correção monetária.

A torcida não pode esperar outra coisa e Nem, o capitão rubro-negro, sabe a responsabilidade que tem em comandar o escrete da Baixada rumo a mais uma importante vitória.



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