Ciúme, dor de cotovelo, vergonha, honra, vingança, iniciativa, raiva, etc. podem não caracterizar o sentimento desse atleticano em 1995 após aquele malfadado atletiba 5 (argh) x 1.
Entretanto, não nos convêm saber a causa e sim o efeito, pois ele foi majestoso.
Um projeto de poucos anos para conduzir o nosso furacão ás honras de equipe com qualidade.
Vitoriosa, aguerrida, organizada, com contas em dia, mostrando que competência é uma questão de poder e não sómente querer. É gostoso torcer para o Atlético, pois é gostoso torcer para o provável ou o plenamente possível.
Difícil é torcer para o Evair jogar e aguentar 15 minutos a mais, ou para baixar um Santo no Lúcio Flávio numa cobrança de falta.
Imagino os treinadores dos outros times momentos antes do jogo na preleção: -“Pessoal, é isso aí! Vamo pô campo e seja o que Deus quisé”
O futebol não é só vencer, pois certamente não haveria necessidade de campeonatos. Futebol se faz pela paixão pelo clube, por suas cores, seu hino. Pelas jogadas certas e as quase certas.
Oséas trouxe descontração, Paulo Rink requinte, Ricardo Pinto dignidade, Reginaldo raça, Lucas a fama, Marcus Vinicius o suor, Gustavo a vibração, Flávio a paciência, Adriano a dedicação, Alessandro a vontade, Souza o estilo, Alex o sentido de equipe e Kléber trouxe gols e humildade.
Mas, dentre todos, Mário Celso Petraglia trouxe competência. E da sua competência brotou criatividade em arquibancadas pré-fabricadas na velha baixada, compra do CT, e venda de “pedras” de nosso estádio.
Trouxe gente também competente e de boas intenções mas, como todos deviam fazer, supervisionou, não tirou os olhos para a “boiada não emagrecer”. Petraglia, realmente, não é só o esportista da década ou o empresário do ano, mas, sobretudo, é o atleticano da vida do Atlético.