21 nov 2001 - 20h07

Reservas de luxo do Furacão

Para disputar uma competição longa como o Campeonato Brasileiro, onde a equipe campeã entrará em campo 32 vezes, é preciso ter um elenco numeroso para enfrentar os obstáculos do percurso. A série de jogos, um time pode jogar três partidas no período de oito dias, as contusões e as suspensões por cartões são os maiores problemas enfrentados pelos técnicos.

“O campeonato é longo e o jogador acaba sofrendo contusões ou ficando fora por receber cartão”, explicou Rogério Corrêa.

Pensando desta forma, o Clube Atlético Paranaense colocou a disposição para disputada do Brasileiro um elenco numeroso e qualificado. Faltando duas rodadas para encerrara a fase de classificação, o rubro negro está colendo os frutos deste trabalho.

Há quatro rodadas a equipe atleticana conquistou uma das vagas para fase final e de quebra pode se dar ao luxo de poupar alguns titulares. Tudo isso devido aos jogadores do banco de reserva que toda vez que são chamados substituem à altura o dono da posição.

“Eu nunca trabalhei com 11 titulares. Eu tenho um grupo de jogadores titulares. Todos precisam está prontos para quando forem chamados corresponderem dentro de campo”, afirmou o técnico Geninho.

O maior exemplo deste processo é o zagueiro Igor. O jogador é o reserva de luxo do Atlético. Das 25 partidas disputadas pelo time, o zagueiro atuou de 17, sendo que em 13 integralmente.

Igor começou a competição no banco de reserva, mas logo na segunda rodada fez a estréia no Campeonato Brasileiro. Na rodada seguinte começou como titular e jogou uma série de seis partidas com a camisa rubro-negra. O “reserva” já disputou mais partidas de que o titular Rogério Corrêa e está igualado com Gustavo.

“Os quatro zagueiros (Nem, Gustavo, Rogério Corrêa e Igor) têm o mesmo entrosamento. Quando acontece de um ficar fora, o jogador que entra corresponde bem. A força do time continua a mesma”, disse Rogério Corrêa.

Atualmente, Igor está atuando como titular no lugar de Gustavo contundido. Fazem quatro rodadas que o zagueiro não sai do time e se depender do esforço e da vontade de ajudar, o técnico Geninho pode ficar tranqüilo.

“Estou trabalhando para ajudar a equipe toda vez que for necessário. Espero continuar jogando bem para conquistar as vitórias e chegar a final do campeonato”, explicou Igor.

Outro caso de reserva de luxo é o atacante Adauto. O jogador está sempre pronto para substituir um dos jogadores da dupla titular Kléber e Alex Mineiro. Adauto participou de 13 jogos do rubro-negro no Campeonato Brasileiro.

Porém, ao contrário do companheiro Igor, o atacante é na maioria das vezes solicitado para entrar ao longo do jogo. Foi assim em nove ocasiões. Em uma partida o atacante atuou em tempo integral e nas outras três começou como titular, mas foi substituído.

Adauto também é chamado de amuleto por alguns torcedores. Isso porque o atacante marcou três gols fundamentais para a campanha do Atlético. Contra o Internacional, Adauto foi responsável pelo gol de empate nos minutos finais de partida. Na partida frente ao Botafogo carioca, o atacante marcou a gol que deu um alívio para o time.

Recentemente contra o América Mineiro na Arena da Baixada, o jogador novamente balançou a rede adversária desempatando o jogo e garantindo os três pontos. Adauto sabe da qualidade os titulares, mas vai sempre que jogar tentar marcar gols.

“As chances estão aparecendo e eu estou marcando os gols necessários para ajudar o Atlético. Espero que essa fase continue”, disse o amuleto rubro-negro.



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