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27 nov 2001 - 15h51

Arbitragens horrorosas

Pelos comentários que vemos em todos os lugares e pelas arbitragens horrorosas que temos enfrentado, o time do Atlético e a torcida devem ficar bem alertas neste final de campeonato. A encenação do árbitro Wilson de Souza Mendonça após o jogo com o Guarani, quando se entrincheirou no meio campo por medo da torcida, foi para mim uma confissão de culpa. Sem que houvesse ameaça por parte da torcida, o pernambucano só se retirou de campo escoltado pela Polícia Militar depois que a PM afastou os torcedores das proximidades do acesso aos vestiários. Chamou a atenção da galera que esperou sua saída para “homenageá-lo” com vaias e apupos.

Exatamente por causa das más arbitragens é preciso que tenhamos mais paciência, não dando motivos a quem quer nos prejudicar. Os jogadores não podem mais tomar atitudes como as de Kleberson (contra o Gama), Alex Mineiro (contra o Guarani) e Alessandro (contra o Paraná), para citar alguns exemplo. Estes foram expulsos por reclamação. Quanto a Kleber, temo que o tribunal o suspenda por mais partidas, pois ele agrediu o jogador bugrino com um senhor safanão. Se a CBF quer argumentos para enfraquecer o ataque do Atlético nas quartas-de-final e até nas semifinais, já os tem à mão.

Sem ansiedade para ser campeão

Eu quero ver o Atlético-PR campeão nacional, como qualquer torcedor. Este título pode vir neste ano, pois temos time para fazer frente a qualquer adversário. Mas pode não acontecer agora, pois temos nossas falhas. O rubro-negro é uma equipe veloz e tem um ataque mortal. No entanto, não tem conseguido tocar a bola e cadenciar o jogo (especialmente quando Souza não está em campo) para melhor controlar as ações.

Digo isto porque acho que não devemos ficar ansiosos demais pelo título, como se ele bastasse para tornar nosso time grande. Essa ansiedade de ser reconhecido como grande equipe nacional revela um certo complexo de inferioridade. Não precisamos do reconhecimento da mídia de Rio e São Paulo para sermos grandes. Temos que continuar apoiando o trabalho sério que vem sendo feito no setor de futebol, pois o título desejado virá com a seqüência do trabalho desenvolvido. Pode demorar mais um, dois ou três anos, mas o importante é assegurar a estrutura sólida que mantenha o rubro-negro na briga sempre. Aí, os títulos nacionais aparecerão naturalmente.

Afinal, quem é rubro-negro de verdade sabe que nenhuma das glórias que conquistamos foi obtida com facilidade. Foram todas com sofrimento e esta não será diferente. A recompensa será bastante comemorada por nós.



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