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8 dez 2001 - 10h33

Por um lugar ao sol

A venda dos ingressos para a semifinal do Brasileirão de 2001 foi, sem dúvida, um momento de magia para os atleticanos. Em plena sexta-feira, debaixo de sol imponente, a massa formava uma fila longa, um pouco irregular, mas coesa e esperançosa. Cada qual com seu motivo para lá estar, mas único e comum o objetivo. Um só voz, no futuro próximo: “Furacão ehhh ohhh, Atléticoooooo ooooohhhhh ooohhhhhhh…..”

Na verdade, uma sexta-feira de contrastes inevitáveis. O primeiro, para quem chegou ao amanhecer: silêncio na Arena… e o murmurar dos passos dos torcedores chegando e alongando a fila. O segundo, representado pela corrente humana, ainda silenciosa, mas ao mesmo tempo volumosa, dando um 360° graus na Arena. Inconscientemente, 20 mil pessoas estavam abraçando o estádio mais moderno do mundo.

Foi uma sexta-feira de fé. E o sol fervendo. Houve tempo suficiente para sonhar e acreditar que seremos campeões do Brasil; sim, aquele que é o único tetra-campeão do mundo. Quando foi a última vez? A reflexão foi inevitável… enquanto a fila ‘andava’.

Semifinais de 1983. Assis e Washington arrebentaram em cima de Zico, Júnior, Adílio, Tita, Leandro, Raul Plasmann. Foi 2×0 e faltou só um golzinho. Capitão, o ponta direita do Furacão, na época, chutou na gaveta, mas não era hora. O Fla, em seguida, foi campeão. O sol, naquele dia, não foi tão generoso, embora tenha sido rubro-negro, brilhando, todavia, na Gávea.

Cá estamos – e a fila andou mais um pouquinho – nas vésperas de mais um desafio, agora com Flu. Ufa! Um pouco de sombra alivia um pouco. As lembranças e os contrastes continuam correndo soltos. Era 1996, e o mesmo Flu adiou o sonho. Uma jogada psicológica abateu o grupo rubro-negro. Não! Não se tratava de um Fla-Flu. Apenas disputávamos, nas quatro linhas, um lugar ao sol, por entre os pinherais.

De repente, o ingresso na mão. O sonho está próximo da realidade. Vem, então, a advertência para o torcedor tricolor das Laranjeiras: o Furacão não conhece violência. Continuamos buscando um lugar ao sol, sempre dentro das quatro linhas. E, desta vez, o sol veio para ficar no Paraná!



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