Paixão londrina
Londres, Inglaterra. Domingo, 20:10, muito frio. Estou aqui, mas não estou. Meu coração e meus pensamentos estão longe, mais precisamente numa cidade simpática e fria, mas que nessa época deve estar queimando com o sol do verão, localizada no Sul do Brasil, chamada Curitiba.
Meu time, o Clube Atlético Paranaense, o “Furacão da Baixada”, esteve jogando esta tarde e a essa hora, com uma diferença de 2 horas a menos, tudo já deve estar terminado. E eu ainda não sei de nada… Tento ligar para o Brasil e, mais uma vez, ligação não completada. Finalmente, depois de mais algumas tentativas frustradas, consigo me comunicar. Meu irmão atende e me conta da arrasadora vitória do rubro-negro sobre os cariocas.
Naquele momento me vi perdido num sentimento de alegria sem fim, orgulho e uma certa tristeza… Como eu gostaria de ter estado lá na Arena, como eu gostaria de ter ficado horas embaixo daquele sol para conseguir comprar um ingresso. As cenas se revezavam em minha mente em cores vivas e pulsantes: a torcida, os gritos e os cantos, cada centímetro da Baixada estremecendo quando Alex Mineiro marca o terceiro gol atleticano.
Castigo dolorido ficar longe do time do coração num momento tão importante. Que destino o meu, logo agora que eu estou tão longe, pensei comigo. Mas, que seja! Que o Atlético vença de novo e seja campeão, que encha de alegria essa cidade e esse estado e mostre aos “times grandes” como se faz futebol com seriedade, competência, visão e talento. Eu, aqui, vou estar torcendo em silêncio, aguardando o final de cada jogo para saber do resultado. Obrigado Atlético, você me enche de orgulho. Boa sorte!