17 dez 2001 - 19h57

Um ano para não esquecer

O Clube Atlético Paranaense está muito próximo da conquista do inédito título de Campeão Brasileiro e de encerrar o ano com saldo positivo. Depois da vitória contra o São Caetano pelo placar de 4 a 2 na Arena da Baixada, o que garante a taça mesmo perdendo pela diferença de um gol na partida de volta, a equipe rubro-negra pode conquistar metade das competições disputadas.

O ano não começou bem. Na Copa Sul-Minas, primeiro torneio do ano, um empate contra o xará mineiro não permitiu que a equipe paranaense passasse da primeira fase. Assim, a conquista ficou para a temporada 2002.

A história foi bem diferente na segunda competição do ano. No Campeonato Paranaense, os jogadores atleticanos sobraram em campo, terminando a fase de classificação 12 pontos na frente do segundo colocado. O Bi-Campeonato Estadual veio após enfrentar o Malutrom na semifinal e o Paraná Clube na grande final. Foi a 19º conquista estadual do clube.

Na Copa do Brasil, a história poderia ter sido um pouco melhor. Após vencer o Treze da Paraíba na disputa de pênaltis, desclassificar o Guarani em pleno Brinco de Ouro e passar pela Portuguesa, o Atlético caiu nas quartas-de-final. A equipe rubro-negra conseguiu um ótimo empate com o Corinthians no Pacaembu, mas na hora de decidir a vaga em casa não marcou os gols necessários. No jogo de volta, uma vitória simples garantia o time paranaense na semifinal. Em uma noite onde a equipe não se postou bem em campo, os paulistas aproveitaram a oportunidade para desclassificar o Atlético.

No segundo semestre houve apenas uma competição, porém a mais importante do país. O Atlético começou a todo vapor o Campeonato Brasileiro. Foram quatro vitórias nos cinco primeiros jogos e a liderança da competição. Depois, um ”problema de percurso” fez com que a equipe atleticana perdesse algumas posições o que resultou na troca de técnico.

Geninho chegou para arrumar a cozinha rubro-negra e desenvolver um trabalho que levou o time a realizar a segunda melhor campanha da fase de classificação. Nas finais, as atuações dos jogadores arrancaram sorrisos e gritos de alegria dos torcedores fizeram com que o Atlético chegasse a histórica final do Campeonato Brasileiro, garantindo pela segunda vez uma vaga na Taça Libertadores da América.

Mas o ano está sendo bom apenas para o Atlético. Muitos jogadores do elenco se destacaram nas competições. O lateral-direito Alessandro foi convocado duas vezes pela técnico Luiz Felipe Scolari para defender a Seleção Brasileira. Alessandro fez parte da delegação que garantiu uma vaga para Copa do Mundo de 2002 e está próximo de disputar o primeiro mundial na carreira.

Outro destaque é o meia Kleberson. O homem de ferro atleticano é um dos maiores responsáveis pela invejável campanha no Brasileiro. O atleta participou de 28 dos 30 jogos disputados pelo Atlético, além de ter sido indicado por vários treinadores como a revelação do campeonato.

Não podemos esquecer da dupla de ataque rubro-negra. Os atacantes Alex Mineiro e Kléber ajudaram a quebrar três recordes na competição. O primeiro foi o de maior artilheiro. Faltando um jogo para finalizar a temporada, Kléber marcou 17 gols e Alex 16, ultrapassando Washington em 83 e Paulo Rink em 96, ambos com 13 gols.

O segundo recorde que ficou para trás foi o de melhor ataque em uma edição do campeonato. No ano de 96, a dupla Paulo Rink e Oséas ajudou a marcar 43 gols em 25, média de 1,72. Este ano, a equipe já balançou as redes adversárias 67 vezes em 30 partidas, média de 2,23.

O último recorde contou com a ajuda da dupla de ataque. A seqüência de 11 jogos invictos em 98-91 e 96, aumentou para 12 com Geninho no comando.

A data do segundo e decisivo jogo no próximo domingo pode ficar marcado na história do Atlético. O título de primeiro campeão brasileiro do século 21 pode vir para premiar o trabalho dos jogadores, comissão técnico e diretoria. Com certeza, a campanha deste Campeonato Brasileiro não vai ser esquecida tão cedo pela fiel torcida atleticana.



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