Marçal Justen Neto

O colunista Adroaldo Guerra Filho, o Guerrinha, lançou em sua coluna de hoje uma hipótese sobre a demissão do técnico Mário Sérgio no ano passado. Guerrinha contou uma história que teria acontecido durante o jogo contra o Santos, pelo Brasileiro. Depois de anunciar sua saída após o empate em casa, Mário Sérgio voltou atrás e permaneceu no time até ser demitido em função de uma derrota para o Fluminense.

Leia o trecho da coluna de Guerrinha que fala sobre a saída de Mário Sérgio do Atlético:

O Mário Sérgio, como a maioria dos técnicos, é desses que não aceita interferências no seu trabalho.

Ano passado, após a preleção para os jogadores do Atlético-PR antes da partida contra o Santos, ele chegou a o vestiário e foi recepcionado por um homem todo engravatado.

– Preciso falar com você, Mário Sérgio! – anunciou o cidadão.

– Quem é o senhor? – questionou o Mário.

– Eu sou assessor da direção! – avisou o visitante, com ar de superioridade.

– E o que senhor deseja? – perguntou o técnico.

– O presidente mandou avisar para você escalar o Rogério desde o início da partida! – comunicou o homem.

– Pode deixar! – respondeu o Mário Sérgio, encerrando o assunto.

Quando a boleirada começou a colocar o fardamento para aquecer, o Mário Sérgio chamou o reserva Rogério num canto e ordenou.

– Você está liberado! – informou o treinador.

Ao final do jogo, que o Atlético-PR empatou com os paulistas em 1 a 1, o assessor retornou ao vestiário enfurecido e foi direto cobrar do técnico a ausência de Rogério até do banco de reservas.

– Você não entendeu a ordem do chefe? – perguntou o homem.

Irritado com o resultado, Mário Sérgio encarou o assessor, coçou os raros cabelos e mandou bala.

– Diga ao seu chefe, que a partir de agora ele vai escalar quem bem entender! – reagiu o técnico.

No dia seguinte, bem cedo, Mário Sérgio botou as malas no carro, pegou a estrada e só avisou que estava demissionário do Atlético-PR quando chegou a São Paulo.