Sérgio Tavares Filho

Neste final de semana, o Atlético terá a grande oportunidade de mostrar o
porquê é o atual Campeão Brasileiro e consolidar de vez seu nome no cenário
nacional. A partida contra o Grêmio, no estádio Olímpico, será um grande
teste para a equipe comandada por Geninho. No jogo, não será colocado em
xeque apenas o trabalho do semestre ou um passo para a final do Sul-Minas.

Será testada também a condição de “time grande” do Furacão, o
amadurecimento do clube nas competições e nos momentos decisivos contra as
tradicionais equipes do cenário nacional. Por tudo isso, será um jogão.

Lógico que esperamos dificuldades. Primeiro pela capacidade técnica e tática
do adversário. Mas também pelas nossas próprias deficiências, que foram
expostas em virtude da péssima organização do futebol brasileiro, que impede
que os clubes que disputem uma decisão no final do ano façam uma
pré-temporada decente, a ponto de recuperar física e psicologicamente os
atletas. Este ano, o Atlético está sofrendo as conseqüências de uma
trajetória vencedora no ano passado. A tendência é piorar, pois com a Copa
dos Campeões em julho, praticamente não haverá tempo de preparar os
jogadores para o Brasileirão.

Mas se a condição física não é a ideal, esperamos pelo menos que o time se
supere na força, na raça, na vontade e na determinação: ingredientes
importantes na partida que valeu a classificação, contra o América-MG, no
último fim-de-semana. E principalmente, desejamos que o time jogue de uma
forma vibrante e inteligente, sabendo atuar na casa do adversário e
consciente de que ainda há o jogo de volta, dentro da Arena.

O destaque é o retorno do meia Kleberson, que sempre faz muita falta na
armação das jogadas e no combate no meio no time do Atlético. Empolgado com
a convocação e com as boas atuações pela Seleção, Kleberson é a esperança
viva da torcida atleticana em levar o nome do Campeão Brasileiro para o
mundial.

Patrícia Bahr
Estudante de jornalismo e colunista da Furacao.com
colunistas@furacao.com