Eu já sabia
Esta frase tem sido mostrada em cartazes, camisetas e outros meios,
sempre para expressar a confiança na vitória. Hoje, porém, eu pretendo dar a ela um sentido diferente.
Quando o Atletico foi goleado pelo Paraná Clube no último jogo do
Supercampeonato, eu escrevi a esta coluna, comentando como o Atlético
sempre tinha tido a sabedoria de extrair ensinamentos da derrota, desde
os 5×1 no Atletiba na véspera da “Revolução Petraglia”, até as derrotas
pedagógicas nos ultimos jogos da primeira fase do Brasileirão do ano
passado.
A torcida, onde me incluo, já estava acostumada a ressurgir das cinzas
e isto tornava as derrotas menos amargas.
Parece que as coisas mudaram no segundo reinado de Petraglia. O
Atlético, sob seu comando, deu um show de incompetência. Não conheço
outro clube que tenha tirado tão pouco proveito de um título de Campeão
Brasileiro. O seu Depto. de Marketing, talvez seguindo as diretrizes
do chefe maior, volta-se contra a torcida como se a instituição pudesse
viver sem a sua alma. O futebol profissional se tornou uma caixa preta
indecifrável e ninguém mais consegue entender as decisões que são
tomadas. Estariam tentando destruir o que eles proprios construiram?
Por quê fariam isto?
Com todo o credito que estes homens merecem, sinceramente já é
impossível não colocar as suas capacidades sob suspeita. Como explicar
as contratações caríssimas e mal feitas de Fabrício e Wellington? Como
explicar Riva no comando técnico? Economia? Seria louvável e toda a
torcida compreenderia, afinal além de ser uma atitude responsável,
ninguém quer ver o Atlético na situação do seu rival.
Por outro lado é dificil de entender: Gasta-se uma fortuna em “cabeças-
de-bagre” e depois se arrisca uma vaga na Libertadores com um tecnico
estreante? O quê aconteceu com os “olheiros” que indicaram a
contratação de jogadores que realmente troxeram resultados, tanto
esportivos como financeiros. Sem duvida tudo está muito obscuro no
comando do Alético.
Todo aquele que é apaixonado, por questão de sobrevivência tem que ser
otimista e deste modo eu espero que as coisas retornem a sua
normalidade e pelo menos agora, depois da campanha na Copa dos
Campeões, tudo fique pelo menos mais transparente.
Por respeito ao seu passado e por compartilharmos uma paixão comum ao
Atlético, não pretendo participar de um movimento “FORA PETRAGLIA”, mas
se ele tiver novamente o desejo de abandonar o Clube, também não
pretendo pedir que fique.