9 ago 2002 - 7h21

Goleiros treinam de olhos fechados

Até de olhos fechados. Que o goleiro Flávio é bom não há dúvidas, mas que ele treinava até com a visão encoberta ninguém suspeitava. A novidade foi implantada no Atlético pelo treinador de goleiros Ricardo Pinto e já começa a apresentar resultados. O Pantera nunca esteve tão seguro como agora à frente da meta rubro-negra.

O método consiste em treinar os goleiros com máscaras que impeçam a visão da bola. Os jogadores são obrigados a defender chutes usando outros sentidos que não a visão. “Esse treino eu fiz em 1990 com o José Carlos Travasso que era treinador da seleção brasileira e serve para você confiar mais no seu instinto. Porque sem enxergar a bola, você percebe que a bola está vindo de um lado e você cria uma mobilidade de percepção para acreditar que a bola está indo ali”, explica Ricardo.

De acordo com ele, esse treinamento serve basicamente para aumentar a confiança. Os resultados ainda não são tecnicamente expressivos, mas para ele o importante é que a novidade foi bem aceita e dá uma variação nos treinamentos. “É legal porque é uma coisa nova para eles, solta muito. A gente tem um instinto bem selvagem que é pouco explorado. Quando a gente trabalha ele, a gente fica mais confiante nas coisas que tem que fazer”, aponta.

Apesar do treino inusitado, os goleiros têm demonstrado satisfação com o método. “É a primeira vez que eu faço isso, mas é importante porque você aprende a percepção de onde você está colocado dentro de campo, à frente do gol”, diz o goleiro suplente Adriano Basso.

Fonte: Paraná-Online



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