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Segunda-feira. Oito horas da manhã. O atleticano sai do ônibus na praça Rui Barbosa e pára na primeira banquinha para ver a capa da Tribuna. Está lá, em letras garrafais, a valorização da vitória do Coritiba. Nada mais justo para um time que está na terceira posição do Campeonato Brasileiro.

Logo abaixo, a repercussão do jogo do Atlético contra o Paraná, em fontes menores – afinal o jogo foi sábado e a notícia já está ‘velha’. O atleticano esbraveja, diz que a Tribuna agora virou coxa-branca, que não falam do Atlético…

Hora do almoço. Globo Esporte. Com um programa de quatro minutos de produção por causa do horário eleitoral, reservou-se o direito de falar bem mais do Coritiba do que do Atlético. Mesmo assim, houve o ‘requento’ do clássico disputado contra o Paraná Clube.

Na edição, uma entrevista do Valdir Espinosa criticando o Douglas Silva pela atitude covarde no jogador paranista. E o torcedor pensa que a imprensa é favorável aos alviverdes, que aquele trecho não deveria ter ido ao ar. Ele só quer notícias de seu time.

Uns, inflamam o ego quando escutam que tem a maior torcida do estado, a mais apaixonada, a mais bonita. Outros, só querem saber de escutar que o estádio é maravilhoso, com praça de alimentação, com CT de primeiro mundo. Já uma outra parte, nem se pronuncia.

E aquele torcedor que volta pra casa, a caminho da Rui Barbosa, vai voltar no outro dia e vai ver a sua Tribuna pintada de vermelha e preta e o Globo Esporte exaltando as conquistas do Furacão. Daí vai ser a vez dos coxas encherem o saco.

Mas o torcedor tem o direito…

Sérgio Tavares Filho
sergio@furacao.com