25 set 2002 - 19h16

Atlético escapou de uma tragédia

Se dentro do campo o jogo transcorreu normalmente, o mesmo não pode se aplicar fora dele no Estádio Belarmino A. Pereira, em Pinhais, pertencente ao CPF – Centro Paranaense de Futebol, local em que o Clube Atlético Paranaense foi jogar domingo pela manhã, contra o time da casa pela 3.ª rodada do campeonato metropolitano nas categorias infantil e juvenil.

O Atlético derrotou o CPF nas duas partidas: no infantil por 4×0 e no juvenil, jogo de fundo, goleada de 12×0 com 4 expulsões: 3 dos locais e uma do CAP, todas sem advertências.

Segundo os dirigentes rubro-negros que lá estiveram, a experiência de “jogar contra o CPF no campo deles, é a pior possível. Nunca estivemos num estádio com tanta falta de segurança. Por muita sorte e providências tomadas rapidamente por nossos seguranças é que conseguimos evitar uma tragédia. Não sabemos como a FPF liberou aquele local para jogos dessa envergadura”, foram as primeiras palavras de José Moretti, da supervisão administrativa do CAP.
Contou o dirigente, que os garotos do clube foram obrigados a percorrer mais ou menos cem metros do vestiário até o gramado, tendo que passar no meio dos torcedores locais que se serviam de bebidas no bar ali existente.
“As condições do minúsculo vestiário que nos deram são muito precárias, não sabemos como passou na vistoria da federação. Felizmente, para o primeiro jogo, já fomos trocados de casa. No trajeto para o campo, os torcedores locais fizeram um verdadeiro “corredor polonês’, debaixo de ameaças e muito palavrão.”

Bomba

Uender de Amorim Uvera, árbitro do jogo juvenil confirmou que ouviu uma explosão atrás do banco do Atlético, pelo lado de fora do alambrado. E “foi após esse momento que os seguranças acionaram a PM, que veio e prendeu pelo menos dois “torcedores’ e com eles uma bomba de fabricação caseira. Segundo os policiais, a bomba continha cascalhos de vidros e pedras”, contou o dirigente. “Estamos confeccionando um protesto, por escrito, que será enviado para a FPF para que ela tome as providências cabíveis”, finalizou.

CPF

A reportagem de Juniores tentou contato com o Centro Paranaense de Futebol, mas ao tocar o telefone da sede do clube, várias vezes, durante a tarde de ontem, ouvia-se a gravação: “Mensagem gratuita: Este telefone está temporariamente programado para não receber chamada”. Pelo celular do técnico Albanir Szymanski que ele nos forneceu, outra gravação indispondo a ligação e sem caixa postal para recado.

Fonte: Paraná-online



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