26 set 2002 - 19h28

DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO

A partida de sábado entre Atlético x São Caetano vai ser marcada pela rivalidade originada no ano passado. Os dois times chegaram, com justiça, nas finais do maior campeonato de futebol do mundo. E a melhor vocês já sabem quem levou, né?

Para relembrar a data, a Furacao.com traz, de novo, a notícia de destaque do primeiro jogo, realizado em 16/12 em Curitiba.

Para o próximo compromisso, o técnico Valdir Espinosa vai poder contar com todos os titulares. Nenhum dos 9 jogadores pendurados com amarelo, recebeu cartão no Rio de Janeiro. Alex Mineiro, que não viajou com a delegação na última partida porque a filha estava hospitalizada, volta a compôr o banco de reservas.

DESTAQUE 16.12.01

Dezesseis de dezembro de 2001. Este dia já entrou para a história do Clube Atlético Paranaense. Foi nesta data que o time jogou uma de suas mais memoráveis partidas.

Na primeira partida da final do Campeonato Brasileiro de 2001, o Furacão venceu o São Caetano por 4 x 2. Foi um jogo de gala, que certamente ficará gravado na memória de todo torcedor atleticano.

Depois de uma semana em que mais de 10 mil torcedores passaram uma noite em fila para conseguir ingressos, a equipe do Atlético retribuiu de forma maravilhosa dentro de campo.

As mais de 30 mil pessoas que estiveram na Arena da Baixada e os milhões de telespectadores que viram o jogo ao vivo guardarão para sempre os três gols de Alex Mineiro e o de Ilan, que garantiram ao time a vitória.

O jogo começou muito movimentado. Com uma pressão incrível da torcida, o Azulão não agüentou nem cinco minutos de partida. Aos quatro, Adriano fez boa jogada e tocou para Ilan. O atacante, no centro da área, dominou e bateu na saída do goleiro Silvio Luiz.

A Baixada veio abaixo. A torcida cantou como nunca visto antes. Mas, dentro de campo, o Atlético não conseguiu chegar ao segundo gol. O time do São Caetano pareceu ter chegado à seguinte conclusão: “O pior já aconteceu. Agora, vamos tratar de jogar bola”.

E foi o que aconteceu. Em tarde inspiradíssima do volante Simão, o time adversário passou a tocar a bola e criou boas jogadas, especialmente com o veloz Anaílson. Aos 32 minutos, Esquerdinha rolou a bola em cobrança de falta e o lateral-direito Mancine chutou no centro do gol, empatndo a partida.

Dez minutos depois, o Azulão quase virou. Flávio fez excelente defesa em chute de Anaílson e, no rebote, Cocito salvou um gol tirando de a bola de cabeça, de dentro da pequena área.

No segundo tempo, Serginho cobrou uma falta no travessão atleticano, assustando a torcida. Logo em seguida, o Atlético deu o troco: Ilan cabeceou uma bola na trave.

Aos 8 minutos, o São Caetano virou a partida. Em nova cobrança de falta, Mancine mandou para a área e a bola acabou sobrando para o outro lateral, Marcos Paulo, que marcou o gol.

Mas, desta vez o São Caetano achou que o jogo estava ganho. O time não teve tempo para comemorar. Um minuto mais tarde, Alex Mineiro foi lançado na área pela direita e tocou por baixo do goleiro Silvio Luiz, para delírio da galera.

Flávio fez boas defesas em chutes de Esquerdinha e Magrão, mantendo o empate. Os torcedores aumentaram o grito e a pressão aumentou. Depois de gritos da torcida pedindo Souza, o técnico Geninho sacou Ilan e colocou o meia no jogo. Voltando ao time após um mês afastado, Souza entrou bem e barbarizou.

Aos 35, Alex e Souza fizeram uma jogada maravilhosa. O meia tocou de calcanhar para o artilheiro, que driblou dois defensores e bateu na saída de Silvio, marcando um golaço.

Mas ninguém estava satisfeito. A torcida pediu mais um e foi atendida. Aos 45, Adriano recebeu bola na esquerda, invadiu a área e, depois de driblar o zagueiro Daniel, foi derrubado. Pênalti marcado.

Alex Mineiro foi para a cobrança e marcou seu terceiro gol no jogo. Um final maravilhoso para um jogo inesquecível.

ATLÉTICO
Flávio; Alessandro, Gustavo, Nem, Rogério Côrrea e Fabiano (Igor); Cocito, Kleberson e Adriano; Alex Mineiro e Ilan (Souza). Técnico: Geninho.

SÃO CAETANO
Silvio Luiz; Mancine, Daniel, Dininho e Marcos Paulo; Simão, Serginho, Adãozinho e Esquerdinha; Anaílson (Müller) e Magrão. Técnico: Jair Picerni.

Local: Arena da Baixada
Público: 31.739 pagantes
Árbitro: Carlos Eugenio Simon (RS)
Cartões amarelos: Gustavo, Rogério Corrêa, Marcos Paulo e Serginho.

Foto da capa: Valtecir Santos (Gazeta do Povo)



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