O Gabiru
Lembro quando ele chegou ao Atlético, trazido das Alagoas pelas boas mãos de meu amigo Carletto, no início de 98. Estreou contra a Pontagrossense, ou outro nome desses times de Ponta Grossa, marcando um gol, no rejeitado palco do Pinheirão.
Tendo sido um dos poucos jogos do meu querido Furacão que não pude assistir, minha curiosidade em relação à sua estréia era grande. Lembro que perguntei ao meu irmão, que foi ao jogo, sobre esse tal de Adriano, que chegou cercado de muita expectativa. A sua resposta não foi muito entusiasta: “É um Jorginho melhorado”. Aquilo foi uma ducha de água fria para mim. Ser comparado ao Jorginho pé murcho não era exatamente um elogio.
Já se tornou Campeão Paranaense naquele ano, 98, fazendo gol de cabeça no segundo jogo das finais, contra eles. De lá para cá, só dá para elogiar. Seu futebol cresce cada vez mais, a cada jogo corre mais em campo, dando opção a seus companheiros, dividindo todas e encarnando como poucos a mística da camisa rubronegra, que só se veste por amor.
O meu irmão, aquele mesmo, sugeriu, estes dias, que meu compadre Paulo Boscardim, médico pneumologista de primeira, faça uma bateria de exames no Gabiru, para descobrir os segredos de pulmões absolutamente extraordinários. Para meus filhos, em especial ao Ricardo, colunista da Furacao.com, que me perguntam sempre, ao final dos jogos, quem foi o melhor em campo, tenho respondido, invariavelmente, da mesma forma: “Sempre que jogar, o Adriano é o melhor em campo”. Não é exagero. Tem sido.
E ontem, aquele jogo, no Maracanã, contra um Fluminense que desde 96 se tornou adversário no sentido exato da palavra, 1×0 para nós, gol de cabeça do Gabiru, só me faz recordar da expectativa antes do campeonato brasileiro começar. Me perguntavam sobre os reforços, e eu pensava: “O melhor reforço é renovar com o Adriano”. Se quisermos ser bicampeões, o Adriano é fundamental.
Gabiru, Muito Obrigado pelo que tem feito por nós, Atleticanos. A tua raça, dedicação e categoria são exemplares.